Um ataque de produtores rurais muçulmanos a vilarejos de maioria cristã na Nigéria deixou cerca de 86 mortos durante este fim-de-semana, revelou neste domingo, 24, a polícia do Estado Plateau, no centro do país.
Entretanto, a imprensa fala em pelo menos 150 mortos.
O jornal "Nigerian Tribune" escreveu que um grupo invadiu os vilarejos da região munidos de submetralhadoras.
A imprensa local atribuiu o ataque a produtores muçulmanos da etnia Fulani, a mesma do Presidente do país, Muhammadu Buhari.
Ao mesmo jornal, o membro do Parlamento estadual Peter Gyendeng afirmou que a população local "perdeu a confiança nos agentes de segurança" e acusou as forças locais de terem recusado "tomar as ações necessárias".
Em reacção, o Presidente Muhammadu Buhari uso o Twitter para pedir calma e disse que "esforços não serão poupados" para encontrar os responsáveis pelos ataques.
Também no Twitter, o governador do Estado, Simon Bako Lalong, decretou um toque de recolher de 12 horas,nas áreas atingidas pela região e pediu calma e que a população "colabore com as operações de segurança".
"O apelo à paz e ao diálogo neste momento em nosso querido Estado nunca é demais. Enquanto eu entendo que as tensões serão grandes neste momento de dor, eu pelo que todos nós mantenhamos a calma e que cooperemos com as operações de segurança para lidar com esta lamentável situação", escreveu Lalong.
O Estado onde os conflitos deixaram mortos fica no centro de um país dividido por questões étnicas e raciais. Enquanto os cristãos são maioria no sul, os muçulmanos predominam no norte.