Ataque de grupo desconhecido no Niassa no dia em que completam três anos do início da insurgência

Um grupo armado desconhecido atacou uma carrinha ligeira de transporte de passageiros, matou o motorista e roubou os ocupantes do semi-coletivo no distrito de Mavago, na província moçambicana de Niassa, confirmou à VOA nesta segunda-feira, 5, a Polícia da República de Moçambique (PRM) no local.

Your browser doesn’t support HTML5

Ataque de grupo desconhecido no Niassa no dia em que completam três anos do início da insurgência

A Polícia da República de Moçambique (PRM) no Niassa afastou qualquer ligação do ataque com o grupo de insurgentes, que completa, exatamente hoje, três anos a aterrorizar a província vizinha de Cabo Delgado.

Veja Também Cabo Delgado: Nyusi volta a prometer mais capacidade para combater o terrorismo

O grupo armado alvejou com “um tiro certeiro” o motorista, para imobilizar o semi-coletivo que fazia a ligação interdistrital, na chamada subida dos Makuas, a 40 quilómetros da sede distrital de Mavago, uma zona sem um historial de ataques de grupos armados.

Depois do ataque, ocorrido na madrugada de domingo, o grupo roubou dos passageiros um valor de 85 mil meticais (cerca de 1.200 dólares norte americanos) e seis telemóveis.

Veja Também Joaquim Chissano recomenda ponderação na intervenção militar estrangeira em Cabo Delgado

“Trata-se de um crime normal”, precisou Alfredo Coane, substituto do porta-voz do Comando provincial da PRM no Niassa, que reconhece não serem incidentes comuns na região.

“Este ataque não tem nenhuma ligação com ataques que nós assistimos em Cabo Delgado” acrescentou.

O transporte de passageiros que partiu do distrito de Mavago tinha como destino a capital provincial, Lichinga.

A Polícia, que classifica o incidente como “assalto a mão armada”,intensificou as linhas operativas para neutralizar e responsabilizar criminalmente o grupo atacante.

Ataques a autocarros e semi-colectivos de passageiros são registados com frequência em distritos afetados pela insurgência no norte e centro de Cabo Delgado.

Relatos com incidentes do género igualmente são comuns nas províncias de Manica e Sofala, no centro de Moçambique, onde a violência é atribuída à auto-proclamada Junta Militar da Renamo, um grupo dissidente do maior partido da oposição.

Veja Também Denunciada corrupção no combate à caça furtiva em Moçambique