Um ataque a um comboio de mercadorias no oeste do Níger, perto da fronteira com os outros Estados do Sahel, o Mali e o Burkina Faso, afectados pelo conflito, matou 21 civis, disseram fontes locais à AFP no sábado, 7.
As zonas fronteiriças entre o Níger, o Mali e o Burkina Faso são há muito um esconderijo para os jihadistas sahelianos ligados ao grupo Estado Islâmico e à Al-Qaeda, que têm travado uma sangrenta guerra de insurreição contra o governo.
“Vinte e um civis foram mortos neste ataque a veículos de transporte em 5 de dezembro por homens armados”, disse uma fonte local sob condição de anonimato, com a rádio estatal a confirmar o ataque por ‘bandidos armados’, sem dar um número de mortos.
Outra fonte local referiu também 21 mortos no mesmo ataque, sem dar mais pormenores.
A emissora estatal La Voix du Sahel disse que o comboio estava a regressar a Bankilare de um mercado semanal em Tera quando foi intercetado por bandidos armados ao início da noite, a norte da cidade.
“Vários civis (foram) assassinados a sangue frio”, acrescenta o boletim radiofónico.
Na sexta-feira, o governador da região de Tillaberi, o coronel Maina Boukar, assistiu ao funeral das vítimas em Tera e “apresentou as condolências das autoridades” às suas famílias, informou também a rádio estatal.
De acordo com o grupo de monitorização Acled, que regista as vítimas de conflitos em todo o mundo, cerca de 1.500 civis e soldados morreram em ataques jihadistas no Níger durante o ano passado, em comparação com 650 entre julho de 2022 e 2023.