Oito associações civicas e de defesa dos Direitos Humanos da província angolana de Cabinda decidiram juntar-se em torno do Movimento da Reunificação do Povo de Cabinda para a sua Soberania para, a uma só voz, falarem e serem ouvidos junto do Governo.
A reunião que materializou a formação do Movimento, em casa do activista Arão Tempo, teve a visita da Polícia.
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Arão Bula Tempo, presidente do Movimento, disse à VOA que há que aproveitar a nova era para junto das autoridades encetar uma nova modalidade de actuação, para alcançar o desejado.
"Todos os movimentos têm consciência de que há que agir de forma pacífica junto do Governo angolano que tem a responsabilidade e conhece o problema junto de Portugal e até da comunidade Internacional”, acrescenta aquele activista que clarifica que “a luta política não é contra o povo angolano porque respeitamos a dignidade humana e somos irmãos africanos”
Tempo conta que a Polícia, com motos e com o próprio comandante, apareceu na sua casa onde decorria a reunião, mas diz que não permitiu que entrasse “porque eu estava no meu quintal e não preciso de pedir autorização para conversar em minha casa"
Simão Lwemba, da associaçao Clareza e Amor, afirma que o Movimento pretende “criar uma sociedade civil organizada para numa só plataforma defender os interesses do povo de Cabinda"
Outro lider associativo presente no encontro, Clemente Cuilo, diz que a ideia é congregar várias organizaçoes que lutam pelo mesmo objectivo mas de formas diferentes,
Cuilo diz que a luta das associações civicas e de Direitos Humanos vai prosseguir porque “o novo governador é do MPLA, não houve mudança de programa e nem se espera grandes melhorias em Cabinda".