A associação Handeka deu início uma campanha denominada "Sem registo, eu não existo" que pretende desenvolver até Dezembro.
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A iniciativa estende-se a todo o território nacional e tem por base o drama em que vivem muitos angolanos que não têm registo de nascimento, facto que os priva de uma série de direitos.
A coordenadora de Handeka, Alexandra Simeão, diz que, com base nos dados do Censo da População de 2014, das 25 milhões de pessoas que vivem em Angola apenas 13 milhões tinham registo de nascimento.
Mais de metade dos angolanos não possuem um documento que o identifiquem e que assegurem a sua existência perante o Estado.
Simeão considera que uma pessoa sem registo de nascimento não existe porque fica privada de vários outros direitos como a escola, conta bancária, entre muitos outros.
A campanha do Handeka visa realizar acções de sensibilização e informação junto das populações e do Executivo, para dar a conhecer o drama em que vivem milhões de angolanos e pressioná-lo no sentido de se dedicar mais atenção ao problema.