Associação de Combatentes de Moçambique acusa UE de ingerência nos assuntos do país

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Bandeira da União Europeia

UE pediu uma investigação "célere e completa" e que os responsáveis sejam levados a julgamento aos incidentes da semana passada.

A Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLIN) acusou nesta quinta-feira, 1, a União Europeia(UE) de ingerência nos assuntos de Moçambique.

Citado pelo jornal Notícias, Fernando Faustino criticou a posição da UE que, na segunda-feira 28, considerou que "os dois recentes ataques que têm como alvo o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, são prejudiciais à estabilidade, ao progresso democrático e ao desenvolvimento económico do país".

Na nota, a UE pediu uma investigação "célere e completa" e que os responsáveis sejam levados a julgamento.

"Afinal quem abriu fogo contra quem? Quem disse à UE que o visado nos ataques é Afonso Dhlakama? Qual a razão destes posicionamentos?", questionou o secretário-geral da ACLLIN, citado por aquele jornal.

Fernando Faustino também acusou as representações estrangeiras de silêncio quando a Renamo alegadamente atacou alvos civis e militares, durante a guerra civil e nas hostilidades entre 2013 e 2014.

O antigo combatente aconselhou também os estrangeiros a deixarem os moçambicanos resolverem os seus problemas.