O "Angola Fala Só" acompanhou-nos durante anos. Foi espaço para falarmos de tudo. Agora perante a situação de saúde mundial a que Angola não escapa, vamos concentrar-nos em saúde, um dos bens mais preciosos que temos.
Assim todas as semanas vamos levar aos nossos ouvintes e internautas "Angola, Saúde em Foco". Esperamos que nos acompanhem, enviem as vossas perguntas para os nossos convidados e sugestões de temas para "Angola, Saúde em Foco".
Esta semana, o convidado da Angola Saúde em Foco é o dr. César Freitas, médico pediatra no Hospital David Bernardino em Luanda e secretário para a formação da Sociedade Angolana de Pediatria, com quem abordamos a situação da saúde infantil em Angola.
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Segundo dados do UNICEF, estima-se a taxa de mortalidade de menores de cinco anos em 68 por 1000 nados vivos, e do recém-nascido de 24 em cada 1000 nados-vivos. A mortalidade neonatal estima-se em 24 mortes por cada 1.000 nados-vivos, e a mortalidade pós-neonatal estima-se em 20 mortes por cada 1.000 nados-vivos.
O médico falou sobre a taxa de mortalidade infantil, as patologias mais comuns entre as crianças e os desafios por que passa o sector da pediatria em Angola.
À questão de um internauta sobre a avaliação que daria à saúde na era José Eduardo dos Santos e na era João Lourenço, o médico pediatra diz que "não se pode comparar por base um político ou outro", mas que depende de fatores sócio-económicos do país e exemplifica que na fase atual, em que o "país não está bem", a saúde também não está bem.
Sobre a vacinação, o médico demonstrou alguma preocupação em relação às mães que possam sentir que não são bem tratadas pelos técnicos de saúde nos centros de saúde, lembrando que uma má experiência no centro pode afastar as mães e afectar a vacinação de rotina.
O pediatra reconhece também que a pandemia da Covid-19 afectou em grande parte não só a campanha de vacinação, como a vacinação de rotina.
Veja a entrevista completa com as respostas do médico.
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