O ministro dos negócios estrangeiros da Arábia Saudita Adel al Jubeir disse hoje, 21 de Outubro, que o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul foi “um erro enorme e grave” e prometeu que os responsáveis serão punidos.
“Isto foi um erro terrível. Foi uma tragédia terrível”, disse al Jubeir que enviou condolências à família afirmando que os sauditas “sentem a sua dor”.
“Infelizmente um erro enorme e grave foi cometido e eu quero assegurar que os responsáveis irão responder por isso”, disse o chefe da diplomacia saudita que negou que o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman sabia de planos para se matar o jornalista.
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Al Jubeir disse que as autoridades do seu país ainda não sabem como é que Khashoggi foi morto e onde estão os seus restos mortais mas disse que o seu governo irá divulgar informação à medida que a conhece.
As declarações do chefe da diplomacia saudita surgem numa altura em que aumentam as pressões para que Arábia Saudita revele claramente o que aconteceu.
O Presidente turco Recip Teyip Erdogan disse hoje que o seu governo irá divulgar “a verdade nua” sobre o que aconteceu.
As autoridades turcas dizem ter gravações do que se passou dentro do consulado onde Khashoggi desapareceu.
A Grã Bretanha, França e Alemanha emitiram um comunicado conjunto afirmando que a Arábia Saudita precisa de fornecer factos para justificar as suas explicações sobre o que aconteceu.
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Antes da entrevista do ministro dos negócios estrangeiros a Arábia Saudita reconheceu a morte de Khashoggi dentro do consulado no que disse ter sido um confronto físico depois de uma discussão dentro do consulado algo que foi recebido com ceticismo pela comunidade internacional.
Críticos fazem notar a chegada a Istanbul de 15 agentes sauditas e interrogam como é que isso seria possível sem o conhecido do príncipe Mohammed bin Salman.
O Presidente dos Estados Unidos Donald Trump criticou a explicação afirmando ser “óbvio que houve decepção e houve mentiras”.
Trump disse ao jornal Washington Post disse que a Arábia Saudita tem sido um “aliado incrível” dos Estados Unidos há muitas décadas e que é possível que o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, que em termos práticos governa a Arábia Saudita, não deu ordens para o assassinato de Kashoggi.
Trump disse no entanto não ter sido informado se o príncipe era ou não responsável pelo assassinato.