Moçambique e o Brasil concluiram hoje um acordo para a construção de uma fábrica de produção de antirretrovirais em Maputo.
Trata-se da primeira infraestrutura do género a ser erguida em África e é financiada pelo governo brasileiro.
O memorando de entendimento foi assinado pelo ministro moçambicano da Saúde, Alexandre Manguele, e pelo embaixador do Brasil em Maputo, José de Sousa e Silva.
Segundo Alexandre Manguele, a fábrica, que entrará em funcionamento "a partir do segundo semestre de 2012", produzirá, num primeiro momento, três antirretrovirais para suprir a procura interna do país, além de outros sete medicamentos para tratamento de hipertensão e diabetes.
O empreendimento, que se localizará na cidade da Matola, arredores da capital moçambicana, irá igualmente produzir fármacos para outros mercados africanos.
O embaixador brasileiro em Maputo explicou que "esta será uma fábrica cujos produtos poderão ser exportados para qualquer país".
Moçambique possui cerca de 2,5 milhões de pessoas portadoras do vírus da Sida, o equivalente a 11,5 por cento dos 21 milhões de habitantes, mas os tratamentos com medicamentos antirretrovirais apenas abrangem, atualmente, 260 mil seropositivos.
De acordo com o titular da pasta da Saúde em Moçambique, "tudo indica que um número semelhante está a precisar de tratamento antirretroviral".
Trata-se da primeira infraestrutura do género a ser erguida em África e é financiada pelo governo brasileiro.