Funcionários americanos e britânicos condenaram rapidamente a divulgação indevida dos documentos. Em Paris, um porta-voz do governo francês prometeu o apoio da Franca à administração Obama.
O procurador-geral da Austrália, Robert McClelland, anunciou na segunda-feira que o governo de Camberra estava a investigar se a divulgação dos documentos confidenciais tinha infringido as leis do país.
McClelland informou ter nomeado uma equipa para determinar o impacto das fugas. Dos 250 mil documentos divulgados, 1400 deles mencionam a Austrália, com 1000 telegramas oriundos da Embaixada dos Estados Unidos em Camberra.
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, é cidadão australiano. McClelland disse que a Polícia estava a investigar se ele infringiu alguma lei criminal. Acrescentou, no entanto, que não tinha conhecimento de notícias segundo as quais os Estados Unidos tinham pedido à Austrália para cancelar o passaporte de Assange.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou por sua vez que a divulgação dos documentos confidenciais foi positiva. Disse que Israel não foi prejudicado pela fuga e, se alguma coisa houve, foi de que as preocupações sobre o Irão foram validadas. Os documentos referem-se às preocupações dos países árabes sobre o Irão. Num deles, a Arábia Saudita pede aos Estados Unidos para levarem a cabo golpes militares para evitar que Irão fabrique uma bomba nuclear, uma posição também advogada por Israel.
Os conteúdos dos telegramas divulgados receberam também elogios de alguns aliados dos Estados Unidos. Jonathan Powell, chefe de gabinete do antigo primeiro-ministro britânico, Tony Blair, disse que como diplomata estava fascinado em ler a correspondência privada dos seus correligionários. Afirmou tambem que os documentos mostram que os diplomatas americanos estão bem relacionados e bem informados sobre assuntos políticos no estrangeiro.