Estudo liga fumadores a milhões de mortes por tuberculose

Estudo liga fumadores a milhões de mortes por tuberculose

Fumar vai produzir um adicional de 34 milhões de mortes até ao ano de 2050

Jaime - A Organização Mundial da Saúde informou recentemente que o número de casos de tuberculose vem diminuindo desde 2006.

Ana - Também, menos pessoas estão a morrer de tuberculose, mas um estudo feito por pesquisadores na Universidade da California, Sao Francisco, diz que fumar pode ameaçar esse progresso.

Jaime - Cerca de vinte por cento de consumidores de tabaco, e milhões de não-fumadores adoecem porque respiram o fumo dos cigarros. O novo estudo prevê que fumar vai produzir um adicional de 34 milhões de mortes até ao ano de 2050.

Ana - Esforços para controlar a disseminação da tuberculose concentraram se fortemente na busca e tratamento de infecções. Muito menos esforço tem sido feito para compreender as causas.

Jaime - Dr Anthony Fauci, director do Instituto Nacional de Alergia e Doencas Infecciosas dos Estados Unidos da America. Disse que apesar dos esforços de controle, ainda ha mais de um milhão de pessoas em cada ano, a morrer de tuberculose e milhões e milhões a infectarem se, percebemos ainda que é um problema muito importante, por isso temos que fazer investigação fundamental, ao mesmo tempo.

Ana - Fumar não causa tuberculose; a bactéria e que causa a infecção, mas o estudo diz que fumar afeta o sistema nervoso de uma maneira que faz com que um caso de tuberculose inativa mais propensa a desenvolver-se em ativa.

Jaime - Stanton Glantz, director do Centro de Controle do Tabaco e de Pesquisa na Universidade da California é o autor do estudo. Ele disse que fumar aumenta o número de pessoas que vai ter tuberculose em cerca de sete por cento.

Ana - Aumenta o número de pessoas projetados para morrer de tuberculose entre agora e 2050 em 26%.

Jaime - O estudo é descrito como o primeiro a identificar uma ligação directa entre o tabaco e as taxas de infecção e morte de tb.

Ana - O professor Glantz, disse que os resultados devem orientar as políticas de saúde e os esforços de criação de control tb.

Jaime - O professor disse que se quiseremos controlar a doença infecciosa da tuberculose, temos que controlar a indústria do tabaco e os esforços da indústria do tabaco para aumentar o consumo de tabaco, particularmente nos países em desenvolvimento onde a tuberculose é um grande problema.

Ana - O estudo prevê que a situação só vai piorar se as empresas de tabaco continuarem a vender mais produtos nesses países. Ele diz que grandes esforços para o controle do tabaco não só reduzirão as mortes por doenças relacionadas ao fumo como enfisema, doenças cardíacas e câncro de pulmão, eles também poderiam evitar milhões de mortes por tuberculose.

Jaime - A fim de popularizar os preservativos femininos nos Camarões, organizações locais estão a promovê-los através de salões de beleza, salas de trabalho e outras pequenas lojas.

Ana - Mas em vez de vender preservativos, os gestores estão dando-os para os clientes a fim de limpar seus estoques.

Jaime - La Chance Beaute, é um salão de cabeleireiro localizado no bairro de Emma, em Yaoundé, capital dos Camarões. Os clientes são recebidos com cartazes cor de rosa na porta, indicando a disponibilidade de proteção de preservativos femininos para venda.

Ana - Antes de sair do salão, Elise Ndi, uma das clientes pergunta : não tens alguns preservativos para mim? Ngono, cabeleireiro em seguida, caminha em direção a uma caixa na parte de trás do salão de beleza e volta com um pequeno objeto da mesma cor que o poster. “Há apenas um, as outras são as minhas amostras, diz ela, entregando o objeto”.

Jaime - Na verdade, o termo preservativo é comumente usado tanto para o contraceptivo masculino e feminino. Nos Camarões, há só uma marca de preservativos femininos que chama-se Protectiv.

Ana - Foram introduzidos e popularizados desde 2009 através do projecto holandês, Universal Access to Female Condom(UAFC) em parceria com a Associação Social de Marketing dos Camarões (ACMS).

Jaime - Para a distribuição dos preservativos, por sua vez, a ACMS uniu-se com muitas outras organizações locais. Estas organizações são as que distribuem os preservativos em salões de beleza, salas de trabalho e pequenas lojas para serem vendidos aos clientes.

Ana - Ngono o cabeleireiro admite que ele luta para popularizar o conceito de proteção, devemos vendê-los por 100 francos (0.15 euros) cada, mas as mulheres não estão a comprá-los, disse a cabeleireira.

Jaime - Ngono recebe qualquer coisa entre 50-100 unidades todos os meses e, a fim de evitar aumento dos estoques, o meu gerente disse nos para dá-los aos nossos amigos e familiares.

Ana - Elise Ndi, admite que ela não usa protectiv regularmente. Disse ela, que ela leva com ela se precisar de os usar. Eles são escassos no mercado e eu tenho que vir até aqui para obter algumas.

Jaime - Preservativos masculinos, por outro lado, são vendidos em todas as esquinas, e é por isso que ela prefere os preservativos masculinos.

Ana - No bairro Emombo, na capital de Yaounde, onde a organização Jeunes Dynamiques Azegue 3 estava a trabalhar, cartazes foram colocados dentro de várias lojas.

Jaime - Os cartazes foram feitos para indicar que uma equipe do projecto UAFC, estava lá e que preservativos femininos também estavam disponiveis.

Ana - No entanto, não era sempre assim, eu tinha alguns e não queria encomendar mais porque estava dificil de limpar os estoques, disse Ibrahim, dono de uma loja.

Jaime - Laura, uma jovem da organização Jeunes Dynamiques Azegue 3 explica a sua organização parou a sensibilização há quase um ano. Um elemento de outra organização explica que deveríamos vender os preservativos femininos e receber uma percentagem sobre as nossas vendas, mas estes preservativos eram difíceis de vender, o que significa que trabalhàmos para nada.