Angola: Presidente Denuncia "Métodos Antiquados"

  • Alexandre Neto

Angola: Presidente Denuncia "Métodos Antiquados"

O presidente da República manifestou o seu desagrado com os métodos de gestão que designou de “antiquados”, e ressaltou a dificuldade de se adaptarem aos novos tempos revelada por alguns dos titulares afastados do Executivo que ele próprio dirige.

O presidente da República manifestou o seu desagrado com os métodos de gestão que designou de “antiquados”, e ressaltou a dificuldade de se adaptarem aos novos tempos revelada por alguns dos titulares afastados do Executivo que ele próprio dirige.
Sobre o mau desempenho, objectivamente Eduardo dos Santos não se referiu a nenhum nome nem a nenhuma pasta. O responsável do Estado falava na breve cerimónia de investidura dos novos ministros, governadores e vice-governadores provinciais que nomeou, na micro-remodelação efectuada na passada sexta-feira.
Das razões que determinaram as decisões pouco se tem objectivamente falado a partir de fontes assumidas mas o improviso de Dos Santos hoje deixou à luz indicadores de que as coisas não iam bem no seio da equipa que dirige.
Há meses que circulavam rumores apontando para as mudanças, com destaque para o ministério das Relações Exteriores. Assunção dos Anjos apesar da confiança que recebia do chefe, não pôde continuar em funções por razões de saúde. A substitui-lo entra Jorge Chicoty; destaque ainda para a saída da governadora da província de Luanda além do ministro do Urbanismo e Obras Públicas.
Para o jornalista William Tonet as indefinições constitucionais geram incertezas.
Há dois anos na qualidade de presidente do MPLA José Eduardo dos Santos declarou a “tolerância zero” abrindo uma espécie de guerra aberta contra a corrupção. O discurso criou expectativas na sociedade... Hoje voltou a recordá-lo.
Mas sobre este aspecto da “tolerância zero” o Reverendo Elias ISAAC é de opinião que tal não passou de mera formulação política e nada mais.
A outra observação feita tem haver com o tempo que permanece no poder. Tal não pode ser visto como irrelevante segundo William Tonet o director do semanário Folha-8.
Quando confrontado com as iniciativas levadas a cabo pela Procuradoria que culminaram com a detenção de funcionários envolvidos no desfalque do BNA, Elias Samuel classificou de raia miúda. O país adiantou, tem casos mais sérios, disse.
A materialização de carece a formulação política de luta contra a corrupção, ouvíamos o Reverendo Elias ISAAC.