Madeira moçambicana para o mercado da República Popular da China

Madeira moçambicana para o mercado da República Popular da China

O negócio ilícito da madeira em Moçambique continua sem rosto

O tráfico da madeira está a ganhar contornos fora do controlo das autoridades do sector da agricultura em Moçambique, reconheceu esta semana o Ministro da Agricultura, José Pacheco.

A madeira moçambicana, com destaque para as províncias da zona norte do país, continua a ser apetecível para o mercado da República Popular da China, em particular, levando a que muitos operadores se aproveitem da fragilidade de fiscalização, para proceder ao corte e exportação ilegal, lesando o estado em milhões de dólares que resultariam das receitas tributárias.

Dados revelados esta semana por José Pacheco, indicam que pouco mais de 1500 contentores de contendo um total de 18 986 metros cúbicos de madeira em toros foram apreendidos, de Janeiro a Outubro, no âmbito das acções de combate à importação ilegal levado a cabo pelas autoridades dos sectores da agricultura de tributárias.

Segundo dados avançados esta semana ao parlamento, pelo ministro da Agricultura, José Pacheco, as apreensões registaram-se no porto de Nacala, no norte do país, quando estavam prestes a ser exportados, maioritariamente, para o0 mercado da república Popular da China.

A apreensão daqueles contentores deve-se a transgressão das normas estabelecidas no país, que proíbem a exportação da madeira no seu estado bruto, ou seja, em touro.

Das quantidades apreendidas este ano, mais de onze mil metros cúbicos foram vendidos em hasta pública, que resultou em receitas de pouco mais de 29 milhões de meticais para o estado.

O negócio ilícito da madeira em Moçambique continua sem rosto, contudo, informações oficiosas indicam haver envolvimento de figuras influentes do governo e do Estado, por detrás da acção.