Os dirigentes europeus preparam-se para a cimeira dos G 20 após terem obtido um acordo importante para resolver a crise do euro.
A zona euro chegou a um acordo sobre os aspectos de um novo plano contra a crise que pressupõe uma redução da dívida grega e o aumento do fundo de estabilidade de ajuda aos países em dificuldades para cerca de um bilião de euros.
No decurso de uma conferência de imprensa, o presidente da União Europeia Herman Von Rompuy elogiou o acordo tendo definido alguns dos detalhes alcançados.
O presidente francês Nicolas Sarkozy sublinhou que o acordo constitui uma resposta credível e ambiciosa para a crise da dívida grega, crise que se espalhou por outras nações dos 17 membros do euro.
Sarkozy referiu que os dirigentes Europeus estavam determinados em evitar o drama do incumprimento da Grécia que poderia ter as mesmas consequências desastrosas do colapso da Lehman Brothers em 2008, que se repercutiu por todo o mundo.
Ao abrigo do plano, os bancos devem aumentar o volume do capital para poderem fazer face a possíveis incumprimentos das dividas soberanas – e aceitar uma maior perda nessas circunstancias do que tentaram negociar.
O acordo ocorre a meio de fortes críticas de que os dirigentes europeus estavam a avançar muito devagar na resolução de uma crise que ameaça espalhar-se às maiores economias europeias como a Itália e a Espanha.
O presidente francês Sarkozy e a chanceler alemã Angela Merkel – representando as duas maiores economias europeias – tinham prometido alcançar uma solução abrangente antes do encontro da próxima semana do Grupo das 20 maiores economias a realizar na estancia francesa de Cannes.
A China acolheu o resultado da cimeira da União Europeia e indicou estar preparada para cooperar com a união na ultrapassagem da crise financeira.
A porta-voz do ministério dos estrangeiros chinês Jiang Yu indicou que a China considera que o resultado vai contribuir para a confiança do mercado, e a promoção do desenvolvimento económico da União Europeia.
A China possui mais de três triliões de dólares em reservas de divisas estrangeiras, e inquirida sobre se a China poderia oferecer assistência financeira concreta à União Europeia, aquela fonte limitou-se a indicar que Pequim deseja ajudar.
O primeiro ministro chinês Wen Jiabao tem indicado que o seu país está pronto a ajudar a Europa a resolver a crise da dívida, apelando para que a Europa reconheça a China como uma economia de mercado.