São Tomé: Nacionalização das roças deu quebra de produção

Amphibious assault vehicles approach Hat Yao beach in preparation for a joint amphibious assault exercise with the Royal Thai Navy as a part of exercise Cooperation Afloat Readiness and Training (CARAT) Thailand 2013. (U.S. Navy photo by Mass Communication Specialist 3rd Class Amanda S. Kitchner)

Desde as nacionalizações, a produção de cacau e de café nas roças, baixou vertiginosamente

A nacionalização das roças de São Tomé foi seguida de uma quebra vertiginosa na produção agrícola.

Faz sexta-feira, 30 de Setembro, 36 anos que o então regime de partido único de São Tomé e Príncipe nacionalizou as roças de cacau e de café.

Passaram a ser públicas as maiores propriedade de companhias portuguesas, como a Valle Flor e a CUF (casos do Rio do Ouro, actual Agostinho Neto, e Agua Izé) e as de menor dimensão de colonos portugueses ali radicados.

Desde então a produção de cacau e de café nas roças, que passaram a chamar-se empresas agrícolas, baixou vertiginosamente, fazendo o país perder enormes receitas.

As roças, grandes plantações são o melhor exemplo da arquitectura e da economia colonial. Na sua maior parte foram criadas no século XIX, como resposta ao fim do tráfico de escravos.

Em 1861, um grupo de trabalhadores vindos de Angola lavrou terras e criou uma plantação, a Roça Monte Café. Outras roças foram depois criadas, como a Monte Macaco, Santa Margarida, Maianço, Água-Izé, Bela Vista, Ilha das Rolas, Diogo Vaz, Bombaim, Colonia Açoriana etc..

Entre os seus proprietários, sobressai a figura de Sousa e Almeida, Barão de Água-Izé, grande impulsionador da cultura do cacau.

As roças que eram a base da economia das ilhas foram nacionalizadas em 1975, entrando numa fase de decadência. Para esse facto muito contribuiu a saída dos portugueses e de cerca de 15 mil cabo-verdianos.

Escute o nosso correspondente em São Tome, Óscar Medeiros, com mais pormenores.