Grupos de jovens manifestaram-se ontem na capital angolana.
Foram 5 horas de cânticos e palavras de ordem, pela justiça dos familiares e amigos condenados.
Apesar de não ter havido violência houve pressão psicológica sobre os jornalistas.
Voltar às ruas foi a promessa deixada neste domingo até que sejam postos em liberdade os companheiros condenados a pena de 3 meses de prisão efectiva pelo tribunal de polícia.
Domingo, o ponto de chegada que era a Praça da Independência não foi atingido. Cerca de centena e meia de pessoas foi travada nas imediações do Katetão, depois de aproximadamente 500 metros de percurso na avenida Deolinda Rodrigues
Ali mesmo onde foram travados, junto à clínica Sto António e sem confrontar a polícia, familiares e amigos cantaram por justiça e liberdade, 5 horas aproximadamente, regressando ao ponto de partida, antes da dispersão isto, escoltados pela polícia da ordem pública .
Numa marcha menos violenta do ponto de vista da altercação física, mas nem por isso pacífica com os jornalistas, que voltaram a estar na ponta de mira de ilustres agentes à paisana. De referir o ataque ao nosso colega da “RTP-África” e a pressão psicológica exercida sobre os profissionais independentes do poder político.
Estes agentes geralmente madrugadores à chegada ao local da concentração. De manhã muito cedo já lá os encontramos defronte ao cemitério da Santa Ana. Muito activos na escuta e acompanhamento dos movimentos das pessoas. A estes juntou-se uma outra equipa transportada em viaturas com vidros fumados, equipadas com câmaras e lentes de precisão.
Pouco antes, os organizadores fizeram distribuir um panfleto , com cabeçalho em letras garrafais onde se podia ler, citamos, “MANIFESTAÇÃO PACÍFICA” instruindo os presentes a não responder a qualquer género de provocação.
Ouça a reportagem do Alexandre Neto.