Os escândalos na reta final da campanha eleitoral no Brasil não devem afetar de forma significativa a vantagem que a candidata do PT, Dilma Rousseff, tem hoje na corrida presidencial. A opinião é de analistas políticos brasileiros.
A 19 dias das eleições, Dilma Rousseff aparece com mais de 20 pontos à frente do adversário José Serra (PSDB), segundo pesquisas de intenção de votos. A liderança é mantida mesmo depois do escândalo de vazamentos de dados da Receita Federal de pessoas ligadas a Serra. A campanha do candidato do PSDB acusa membros do PT pelos vazamentos.
Em um episódio mais recente, uma nova polêmica invade o período eleitoral no Brasil. Denúncias apontam que a ministra da Casa Civil do governo Lula, Erenice Guerra, teria atuado para viabilizar negócios nos Correios com o objetivo de beneficiar uma empresa do filho dela, Israel Guerra. O PSDB tenta usar o caso de tráfico de influência como fator de desgaste para a campanha de Dilma.
Para o cientista político da Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MINAS), José Ricardo Carvalhaes, as denúncias não devem mudar o comportamento do eleitorado que parece ter se acostumado e deixado de dar muito importância aos escândalos.
O analista político da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Bruno Reis, avalia que, apesar do noticiário negativo contra a candidata do presidente Lula, parece não haver nada que José Serra possa fazer como estratégia de campanha para vencer as eleições brasileiras.
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