Uma coluna de pelo menos 200 viaturas blindadas provenientes da Líbia atravessou a fronteira desértica do sul para o Níger.
O ministro dos Estrangeiros nigerino foi citado como tendo dito que o coronel Gadhafi não se encontrava na coluna.
A coluna blindada chegara à localidade de Agadez ao fim de segunda-feira, dirigindo-se para a capital, Niamey.
Niamey situada a 950 quilómetros de Agadez, fica próxima do Burkina Faso, nação que desmentiu ter oferecido asilo ao coronel Gadhafi.
Entidades do Conselho Nacional de Transição indicaram que a coluna tinha saído da localidade de Jufra.
Um porta-voz daquele Conselho, indicou que o numero de viaturas ascendia a duas centenas, não tendo confirmado o que, e quem seguiria na coluna.
Segundo algumas agências noticiosas seriam, não uma, mas duas, as colunas de viaturas militares que se dirigiram para o Níger, não existindo indicação que Gadhafi estivesse em qualquer delas.
A agência Reuters citou mesmo fontes militares francesas e nigerinas como se deslocando através do Níger, no que poderia ser uma tentativa para alcançar o Burkina Faso, pais que ofereceu asilo a Moammar Gadhafi.
O paradeiro do coronel Gadhafi tem sido uma incógnita, desde a queda de Tripoli.
Moammar Gadhafi mantêm desde há muito laços com os Tuaregues nómadas do Níger, o país por onde entrou, ao fim do dia de segunda-feira, uma coluna de viaturas de elementos pró-Gadhafi.
Muitos antigos rebeldes Tuaregues do Mali e do Níger foram treinados na Líbia nos anos setenta e oitenta.
O coronel Gadhafi apoiou uma revolta Tuaregue no norte do Níger, e centenas dos antigos rebeldes Tuaregue tem lutado contra os revoltosos líbios.
Os Tuaregue estão situados na região leste do Sahara, essencialmente no Níger e no Mali. Combatentes tuaregues protagonizaram, durante anos, levantamentos nas duas nações numa tentativa de alcançar uma maior autonomia.
Na última década, o coronel Gadhafi conduziu a Líbia a manter laços mais próximos com outras nações africanas, e usou as verbas do petróleo para fomentar o relacionamento com outros dirigentes do continente.
Algumas nações africanas continuam a reconhecer o coronel Gadhafi como dirigente líbio.
O governo nigerino, todavia reconheceu o Conselho Nacional de Transição anti-Gadhafi como sendo a autoridade legítima da Líbia.