Sociedade civil angolana protesta expulsão de Fernando Lelo da Empresa petrolífera em Cabinda por supostas convulsões politica.
O presidente do FORDU, Fórum regional do desenvolvimento Universitário, Ângelo Kapuatcha, em visita de trabalho ao núcleo do Namibe, garantiu que a sociedade civil vai-se bater contra mais esta injustiça, até que a verdade seja reposta.
«Fernando Lelo deve constituir um advogado e processar judicialmente a empresa, mesmo nós, nos oferecemos defender os seus direitos violados, mesmo ao custo zero, porque nós defendemos um estado democrático e direito»
O Presidente do Fórum do Desenvolvimento Universitário “FORDU” com a sede na cidade do Huambo e enraizado na região sul de Angola, lamentou a forma como Lelo é perseguido nas terras de Mayombe.
“Fernando Lelo, da história que conhecemos, há muitos anos é vítima da arbitrariedade governativa em Angola, especialmente na província de Cabinda onde ele reside”, lamentou aquele membro da sociedade civil angolana.
Ângelo Kapuacha, encoraja a Lelo a recorrer aos tribunais, segundo ele, ainda que os próprios tribunais também eivados de insuficiências. Acredita no trabalho dos advogados que apesar de tudo, ainda conservam as virtudes que permitem pressionar, para que a verdade seja reposta, disse, o Presidente do Fórum do Desenvolvimento Universitário, agastado com cenário.
Durante as incursões nas terras do fim do mundo em Angola, no passado final de semana, o Presidente da ONG angolana Bakita, em Menongue, Província do Kuando Kubango, Pascoal Baptistini, manifestou igualmente que, o caso da expulsão de Fernando Lelo, da Empresa Petrolífera de Cabinda devido a sua filiação na nova força política angolana “CASA-CE”, viola o direito administrativo, num pais democrático e de direito.
Exortou a solidariedade e contribuição financeira de todos membros da sociedade civil angolana, interessados na construção de um estado democrático e de direito, com vista a inverter o actual quadro constrangedor.
«Na qualidade de membro da sociedade civil, considero isso caricato e isso lesa o direito administrativo laboral num pais que se pretende ser democrático e de direito» revelou o presidente da ONG angolana Bakita, no Kuando Kubango.
“Estou solidário com o meu colega Lelo e seria que todos membros da sociedade civil angolana uníssemos forças, contribuindo com a quotização de um montante que permita interpormos um recurso ou pagar as custas do advogado em defesa do nosso colega, para que este caso seja visto com clarividência, justeza, coerência e transparência que se impõe” defendeu o activista dos direitos humanos em Menongue.
O Director executivo da ACC-Associação Construindo Comunidades, Domingos Fingo, com a sede da cidade do Lubango e acção nas províncias da Huila, Namibe e Cunene, disse que a sociedade civil angolana não pode pactuar com este tipo de atitude, portanto, a ACC, não pode ficar indiferente.
É chegado o momento de educar aqueles que ainda não aprenderam viver na diferença, por isso declara a solidariedade da ACC ao activista cívico e jornalista, Fernando Lelo, demitido sexta-feira ultima da empresa petrolífera em Cabinda, por suposta incompatibilidade ao se alinhar a lista de deputados da CASA-CE, circulo provincial de Cabinda.