Camarão está em risco
Moçambique deverá interromper a exportação de camarão, um dos maiores produtos de exportação nacional, como resultado da descoberta da “doença da mancha branca”.
Trata-se de uma doença cujos primeiros sinais foram descobertos ano passado na região da província da Zambézia e que ao longo do tempo vem atingindo proporções alarmantes, que segundo as autoridades do sector das pescas, vai determinar a interrupção das exportações.
Abílio Cândido, assistente do Ministro das Pescas, disse ao diário Correio da Manhã que o camarão está a registar fortes sinais de extinção no mar aberto da costa moçambicana, situação que se agravou no ano passado, com a descoberta da “doença da mancha branca”, cujo efeito mais visível é a alteração da estrutura física e de qualidade do camarão.
Para contornar a quebra da produção do principal fruto do mar moçambicano as autoridades estão a apostar na aquacultura um processo que consiste na produção em reservatórios criadas para o efeito.
Nos últimos anos, a exportação do camarão tem contribuído com uma média de três por cento do produto interno bruto moçambicano e para este ano, espera-se que sejam exportados cerca de 18 mil toneladas de camarão de aquacultura, menos duas mil toneladas que os níveis alcançados no ano passado.