Sudão do Sul: Um ano após a independência há frustrações

Salva Kiir, Presidente do Sudão do Sul

Governo reconhece que não cumpriu expectativas; presidente promete responsabilização

Sudão do Sul

O governo do Sudão do Sul reconheceu que as expectativas do seu povo não foram alcançadas no primeiro ano da independência do país.

Falta de serviços, corrupção e arbitrariedades das forças de segurança são algumas das queixas da população.

Num discurso por ocasião do primeiro aniversário da independência na Segunda-feira o presidente Salva Kiir disse que o país tem que lutar pela independência económica e pela responsabilização dos governantes.

No seu discurso Kiir disse querer assegurar aos cidadãos do Sudão do sul bem como os investidores internacionais que o seu país não vai tolerar a corrupção.

O presidente do Sudão do sul apelou á comunidade internacional para ajudar o seu país na luta contra a pobreza e para colmatar os efeitos da luta contra o Sudão.

Em todos estes casos pelo á comunidade internacional para ficar connosco. Somos um país novo e não nos devem abandonar agora que somos independentes,” disse o presidente.

“ O empenho que demonstramos em criar a nossa nação é o mesmo empenho que teremos em desenvolver o país. Não temos ilusões sobre a envergadura daquilo que queremos alcançar e portanto a comunidade internacional não deve duvidar da nossa determinação sobre como alcança-lo,” acrescentou.

O Sudão do Sul tornou se independente depois de um referendo que fazia parte de um acordo de paz que pôs termo a 21 anos de guerra entre o norte e o sul do Sudão.

As expectativas da população contudo não foram cumpridas como reconheceu o próprio porta voz do governo Atem Yaak AStem

“As pessoas esperavam que as suas vidas melhorassem e esse é o nosso objectivo. Infelizmente não conseguimos cumprir o que se esperava,” disse.

“As expectativas eram muito altas, algumas realistas algumas exageradas. Mas nos reconhecemos que é o direito do povo esperar que haja serviços e desenvolvimento por parte do seu governo, caso contràrio na faria sentido pegar em armas para lutar pelos seus direitos; seriamos hipócritas se esquecêssemos o povo que entrou em guerra para se libertar,” acrescnetou

Segundo observadores locais o governo tem encontrado dificuldades em prestar serviços como educação e outros e os militares são acusados de arbitrariedades.

O Banco Mundial afirmou em anàlises que a economia poderá desmoronar se ainda este ano.

O governo nega isso afirmando que tem planos para evitar o colapso económico