Al-Shabab reconhece que está a perder terreno na Somália

Capacetes azuis da União Africana na Somália - AMISOM

Avanços das forças governamentais contra os aliados da al-Qaida têm o apoio da União Africana e dos Estados Unidos

Um dos líderes do grupo terrorista al-Shabab com ligações a al-Qaida reconheceu que o movimento está a perder terreno na luta contra o governo somali.

Nos últimos meses a al-Shabab tem sofrido pesadas baixas incluindo a morte de Fazul Mohammed descrito como o chefe da al-Qaida na África Oriental.

As forças do Governo Federal de Transição na Somália continuam a obter avanços por todo o país na luta contra o principal grupo de insurrectos a al-Shabab que aparenta sinais de decadência. As operações das tropas governamentais tem as vezes o apoio dos capacetes azuis da União Africana.

O comandante da al-Shabab Ahmed Abdi Godane que falava a uma rádio islamista admitiu que o grupo tem sofrido baixas significativas, incluindo a morte de vários oficiais seniores e comandantes em recentes combates.

O avanço das forças do governo federal de transição começou em meados de Setembro do ano passado quando a al-Shabab tinha lançado a denominada “ofensiva do Ramadão”. O governo e a força de paz da União Africana organizaram ataques em resposta e desde então têm reivindicado o controlo de zonas descritas como bairros de guerra na capital Mogadíscio.

A partir de Janeiro deste ano, o governo reforçou igualmente os ataques contra o feudo dos rebeldes na região de Gedo ao longo das fronteiras com a Etiópia e o Quénia. Ultimamente as forças governamentais lançaram uma ofensiva para o controlo do Mercado de Bakara em Mogadíscio descrito como o principal refúgio dos insurrectos na cidade.

O comandante rebelde mostra-se igualmente preocupado acerca de espiões que segundo ele têm infiltrado a al-Shabab, e levantado discórdias entre os líderes do movimento. Godane disse que o grupo está a trabalhar para eliminar os infiltrados nas suas fileiras.

Em Mogadíscio as operações governamentais contra a al-Shabab são apoiadas por 8 mil capacetes azuis da União Africana – AMISOM. Além disso há também o apoio dos Estados Unidos através da Unidade de Comando de Operações Especiais que recentemente lançou ataques através de aviões drones tendo morto pelo menos um operacional da al-Shabab na cidade costeira do sul de Kismayo.