Lamine Balde - um dos poucos da sua idade que ainda resistem na música

Lamine Balde - um dos poucos da sua idade que ainda resistem na música

Lamine Balde sentiu-se que ia ser musico ainda no Liceu

Originário de Candjufa, então grande império de Gabu, leste da Guiné-Bissau, Lamine Balde, nasceu em Bigene, no norte do pais e mais próximo da capital guineense, é, sem dúvidas, um dos poucos da sua idade que ainda resistem na música. Conta já com 58 anos. 58 Anos de muitas andanças ou aventuras, umas aprazíveis outras amargas. Lamine Balde sentiu-se que ia ser musico ainda no Liceu. Ai fazia o recitar de poesias antes de ter recebido convite para ingressar no então renovado Super Mamadjombo.

E justamente foi neste agrupamento, o mais antigo que ainda faz lembrar as melodias nostálgicas da música moderna guineense, que Lamine Balde, iniciou, experimentou e capitalizou-se como músico profissional. Alias, numa revelação inédita, disse que foi o primeiro a cantar e promover músicas em dialectos nacionais.

A carreira ou o passado de Lamine Balde ficou em grande parte ligado ao Super Mamadjombo e dai tudo que se ouve dele está apegado a este agrupamento, que hoje conta com uma nova geração de músicos. Logo após a independência, enquanto se desfrutava do vento da liberdade, as mensagens eram direccionadas para apelo a Unidade Nacional.

Nos anos oitenta, Lamine Balde, foi forçado a deixar o país, por questões políticas. O primeiro destino foi o Senegal, para depois seguir para Mali, tendo mais tarde partir e residir na Costa do Marfim, onde teve, alias, dois dos seus quatro filhos. Numa confidência que nos surpreendeu, o músico revelou nos que foi um dos agentes da contra inteligência dos serviços de informação de Estado da Guiné-Bissau.

Se foi uma aventura forçada ou não, durante anos em que esteve na Costa do Marfim, Lamine Balde criou e liderou o grupo musical chamado BETA FOLLY.

A música chama-se Mapuka Dekale, tipicamente tradicional africana, faz parte do álbum do agrupamento Beta Folly, na Costa do Marfim, agrupamento o qual liderava. Ora, voltando ao país, o musico Lamine Balde, falou da música guineense. Considera haver a falta do reconhecimento.

Uma chave de ouro, Lamine Balde…e cómico de profissão e participou em varias sessões de teatro, sobretudo no países por onde passou…Senegal, Mali, Costa do Marfim.