Chineses em Angola traficam Pau de Cabinda

Chineses em Angola traficam Pau de Cabinda

Segundo uma carta da Direcção Nacional das Alfândegas endereçada ao Ministério da Agricultura, foram apreendidas no aeroporto da Catumbela quatro malas contendo Pau de Cabinda.

Segundo uma carta da Direcção Nacional das Alfândegas endereçada ao Ministério da Agricultura, foram apreendidas no aeroporto da Catumbela quatro malas contendo Pau de Cabinda.

O documento a que Voz da América teve acesso diz que a mercadoria tinha um valor comercial e presume-se que seria escoada para China através do porto do Lobito.

Os três cidadãos de nacionalidade chinesa, acrescenta a fonte, transportavam o produto de forma ilegal, tendo passado pelos aeroportos de Cabinda e Luanda. Fontes da VOA referem suspeitas de cumplicidade com pessoas influentes no regime.

Depois de retirada a mercadoria pelos serviços alfandegários do Lobito, os chineses meteram-se em fuga e encontram-se foragidos.

Fontes da VOA informaram que, até agora, a mercadoria apreendida e os passaportes dos supostos traficantes estão detidos na Alfândega do Lobito.

De acordo com a pauta aduaneira, os produtos da fauna e flora não podem ser exportados sem a autorização do Ministério da Agricultura.

A propósito, a Voz da América tentou ouvir sem sucesso as Direcções das Alfândegas e da Agricultura.

Proveniente da casca de uma árvore com o mesmo nome, só é possível encontrar o Pau de Cabinda, nas florestas do Mayombe.

Descrito como um afrodisíaco 100% natural, o Pau de Cabinda, de acordo com pesquisas, combate o problema de frigidez e impotência e não é aconselhável o seu uso sem prescrição médica.

Na Europa o produto já é comercializado em algumas farmácias. Em Portugal, uma embalagem com 40 cápsulas pode ser vendida por 50 dólares. Nada está claro em relação a forma como o produto tem saído de Cabinda para exterior do país.