Não há condições para eleições "credíveis" - Isaías Samakuva

  • Alexandre Neto

Isaías Samakuva no aniversário dos Acordos de Bicesse

Passaram 20 anos sobre assinatura dos Acordos de Bicesse com apelo da UNITA a dos Santos para "honrar os compromissos que assumiu"

O presidente da UNITA, Isaías Samakuva disse Terça-feira em Luanda não existirem condições para a realização de eleições "democráticas e credíveis" em 2012.

Falando opr ocasião dos Acordos de Bicesse, que puseram fim temporário à guerra civil em Angola e abriram caminho às eleições multipartidárias, Samakuva apelou ao presidente José Eduardo dos Santos "para honrar os compromissos que assumiu perante a nação e o mundo" quando assinou os acordos de paz de Bicesse em 1991.

As duas partes signatárias, o governo e a UNITA, reputaram de muito importantes os acordos que conduziram ao cessar-fogo.

Foi o materializar do desejo de um povo, sublinhou Dino Matross entrevistado pela imprensa pública.

A UNITA procurou dar mais visibilidade à data, ao juntar partidários seus na LAASP- Liga Africana dos povos, escolhendo para lema o sublinhar da importancia dos acordos para a democracia.


“31 DE MAIO DE 1991, OS ACORDOS DE BICESSE: NASCEU EM ANGOLA A DEMOCRACIA E O MULTIPARTIDARISMO”, foi o lema escolhido

Isaías Samakuva foi o orador na sessão que assinalou a assinatura dos acordos fazendo anotar precisamente esses aspectos do acordo que, segundo disse, foram objectivos negados aos angolanos em 1975 quando o país se tornou independente.

Ao assinalar a data dos acordos, disse o responsável, a UNITA pretende dar início à contagem da história aos jovens.

Apesar do caminho iniciado com o protocolo de Bicesse, o processo não está concluído.É ainda um longo caminho, disse.

A construção de uma República, a construção de um regime Democrático e a Reconciliação Nacional corporizavam os três objectivos centrais do Acordo, disse Isaías Samakuva, que acrescentou que esses objectivos estão por concretizar.

O presidente da UNITA falava para uma plateia de centenas de militantes e convidados doutras organizações, além dos membros do Corpo Diplomático.

Ouça a reportgem do Alexandre Neto