Há mais estrangeiros a trabalhar em Nampula do que moçambicanos

  • Faizal Ibramugy

Vista de Nampula

Formação de trabalhadores moçambicanos no activo

Beneficiar de formação profissional

Trabalhadores no activo na Empresa KENMARE projecto das áreas pesadas de Moma, passam a partir de hoje e durante os próximos 5 anos a beneficiar de formações profissionais nas diversas áreas ligadas a Construção Civil no Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional.

A formação dos trabalhadores enquadra-se no âmbito de um Memorando de Entendimento visando a formação profissional entre o Ministério do Trabalho e aquela multinacional, que opera na região do Moma na área mineira

Os representantes sindicais e trabalhadores que presenciaram a cerimónia de assinatura do Memorando de Entendimento consideraram a iniciativa da empresa de elevada importância, uma vez que segundo estes, formações do género vem valorizar a mão-de-obra local, que na maior parte de megaprojectos em Moçambique é excluída devido a falta de formação.

Aliás, nos últimos tempos há mais estrangeiros a trabalhar do que moçambicanos, principalmente no campo da construção cívil, uma área que é praticamente dominada por chineses.

O acordo assinado concentra-se na curta, média e longa formação de trabalhadores moçambicanos no activo, bem como para os recém-formados seja de nível médio e ou superior e igualmente para aqueles cidadãos moçambicanos que pretendem continuar os estudos no país e no exterior, sobretudo os que forem recrutados para trabalharem no projecto.

Durante a vigência do acordo pouco mais de 40 aprendizes nas especialidades de Serralharia, Mecânica de Manutenção, Soldadura, Sinaleiro de Carregamento, Electrotecnias e em Automação e Sistemas de Controlo poderão ser graduados. As formações vão acontecer nas instalações do Instituto Nacional de Formação Profissional, INEFP em Nampula.

Quer para o representante do governo provincial de Nampula nas cerimónias realizadas hoje, António Maquina, quer para o director residente da KENMARE, Gareth Chifton, o acordo representa mais uma valia na concretização dos projectos de desenvolvimento institucional e do país, visto que nos próximos anos, vários serão técnicos nacionais a responderem a procura.

Espera-se que no final do acordo igualmente 41 bolsas de estudo sejam concedidas à trabalhadores nacionais para a continuação de estudos de pós-graduação e certificação profissional, dos quais doze no território Nacional e os restantes vinte e nove no estrangeiro.