Cabo verde: Partidos discordam da data das presidenciais

Cabo Verde, vulcão da Ilha do Fogo

Partidos politicos acham que a data de 7 de Agosto poderá causar uma taxa de abstenção elevada.

O presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, marcou a
realização das eleições presidenciais para 7 de Agosto.

Essa data não foi contudo bem acolhida por alguns partidos políticos que acham que a mesma poderá causar uma elevada taxa de abstenção visto tratar-se de um período de férias.

O PAICV considera que realizar a eleição no mês de Agosto, abre caminho para
um número significativo de abstenções, tendo em conta que nesse
período, muitos cidadãos nas ilhas e na diáspora vão de férias. A
mesma ideia tem o MPD, embora a UCID concorde com a escolha do mês de
Agosto, alegando que se está a cumprir o estipulado no código
eleitoral.

No que toca a abstenção que os principais partidos receiam que possa
acontecer em grande número devido a data escolhida, 7 de Agosto, a VOA
quis saber quem ganha com isso.

O secretário-geral do partido da Independência da Cabo Verde, Armindo
Maurício, afirma que cabe ao Presidente da República tirar as
conclusões da medida que tomou, tendo em conta, que a marcação da data
das eleições é uma competência do chefe de estado.

O líder da bancada parlamentar do Movimento para a Democracia,
Fernando Elísio, considera que o seu partido ao propor a marcação das
eleições para o mês de Outubro, quis tão somente, contribuir para que
houvesse uma maior participação de todos os cabo-verdianos no acto
eleitoral.

Ouvido pela VOA o analista político, Daniel Medina, disse não
acreditar que a abstenção possa favorecer este ou aquele candidato.

Embora se possa estranhar a não-aceitação das sugestões apresentadas
pelos partidos políticos, Daniel Medina considera que o Presidente
Pedro Pires preferiu levar em conta a sugestão do conselho da
república para escolher a data 7 de Agosto.

Na estrada em pré – campanha estão três personalidades, o engenheiro
Manuel Inocêncio Sousa que conta com o apoio do PAICV, o jurista Jorge
Carlos Fonseca apoiado pelo MPD e o também jurista Aristides Raimundo
Lima que não conta apoio oficial de nenhum partido.
Ouça mais pormenores com o Eugénio Teixeira.