CEDEAO em cimeira para analisar a Guiné-Bissau

Delegates attend the Economic Community of West African States (ECOWAS) summit dedicated to the recent military coup in Mali, on April 2, 2012, in Dakar.

Cimeira dá-se quando não há ainda acordo dos militares ao regresso do presidente

CEDAO reúne

Os países da Comunidade de Desenvolvimento Económico da África Ocidental, CEDAO, reúnem-se Quinta-feira em Dakar sem que haja qualquer sinal de compromisso entre os militares que assumiram o poder na Guiné-Bissau e membros da sociedade civil.

A CEDEAO exige o retorno de Raimundo Pereira, o Comando Militar pede ponderação, daí a longa reunião de Terça-feira á noite envolvendo elementos da estrutura militar, responsável pelo golpe, PAIGC e partidos políticos da oposição, congregados em Oposição Democrática.

A reunião foi realizada sob auspícios da igreja católica e com a participação dos imames. O que se sabe apenas é que não houve consenso entre as partes, numa série de reuniões que só viriam a terminar na madrugada de Quarta-feira

Uns advogam o regresso de Raimundo Pereira, tal é o caso do PAIGC, enquanto outros defendem Serifo Nhamadjo, Presidente da Assembleia Nacional Popular interino, para assumir a presidência interina do Estado. Mas, no meio destas posições antagónicas, há quem ainda prefira uma figura neutra e que inspire a confiança e respeito no meio dos guineenses, não obstante a CEDEAO manter-se firme na sua exigência de retorno a normalidade constitucional, através de assunção da presidência por parte de Raimundo Pereira, que se encontra em Abidjan, capital da Costa do Marfim.

Estas movimentações internas visam, sobretudo, encontrar uma saída sobre o tal ponto divergente, antes da reunião de Dakar, prevista para amanha e tida como crucial. Para alguns analistas, tratou-se pois de uma derradeira oportunidade para ultrapassar, em definitivo, a crise politica derivada de golpe de Estado do passado dia 12 de Abril.

O PAIGC, partido deposto do poder, disse manter-se fiel ao princípio básico de retorno a normalidade constitucional, ou seja, a restituição do poder aos legítimos titulares das instituições democráticas e a conclusão do processo eleitoral.