As companhias aéreas de Moçambique estão proibidas, por um período indeterminado, de realizar voos para o espaço da União Europeia (UE), na sequência de uma decisão tomada hoje pela Comissão Europeia com apoio unânime do Comité da Segurança Aérea europeu.
Através de um comunicado emitido na terça-feira, a comissão coloca todas as transportadoras aéreas certificadas em Moçambique na lista negra de União Europeia, devido ao que chamou de “ graves deficiências detectadas na área da segurança.
A Comissão Europeia justificou a medida com a necessidade de garantir que as operações de algumas transportadoras aéreas não criam riscos para a segurança.
Ao nível nacional, esta medida poderá, eventualmente, afectar apenas as operações das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), uma vez que é a única que realiza voos internacionais, neste caso particular, para a Europa.
Num comunicado de imprensa a LAM assegura que "cumpre todos os requisitos e procedimentos internacionais definidos pela ICAO e pela IATA, tendo sido já auditada por duas vezes por entidades externas, no âmbito do programa IOSA – IATA Operational and Safety Audit, com resultados excepcionais.
A LAM diz ainda que irá colaborar afincadamente para que a auditoria prevista para próximo mês de Agosto, ao sistema aeronáutico nacional, pela ICAO, seja um sucesso, renovando o seu compromisso de contribuir para o desenvolvimento do sistema de aviação moçambicana.
A companhia aérea nacional realiza desde o início deste mês, voos para a capital portuguesa, Lisboa, sendo esta operação que, eventualmente, pode afectada pela medida.
Num breve contacto com o Presidente do Conselho de administração da LAM, José Viegas, este disse simplesmente que a medida não vai afectar a companhia que dirige.
Ao que parece, a segurança de Viegas é sustentada pelo facto dos voos Maputo-Lisboa-Maputo estarem a ser realizadas em parceria com a “EuroAtlantic” uma companhia portuguesa que não está inclusa na lista negra.