A União Africana disse que o Sudão do Sul agiu ilegalmente quando enviou tropas para o Sudão a fim de capturar um estratégico campo petrolífero e exigiu a retirada imediata da força. Diplomatas apelaram a ambos os países para mostrarem bom senso quando a guerra parece iminente.
O Conselho para a Paz e Segurança da União Africana condenou o Sudão assim como o Sudão do Sul por acções hostis que parecem assinalar um recomeço da guerra que terminou há sete anos. O comissário para a paz e segurança, Ramtane Lamaara, advertiu de que a incursão militar do sul no campo petrolífero nortenho de Heglig e o bombardeamento aéreo do norte fizeram aumentar as tensões para um novo nível.
Mas a captura de Heglig pelo sul parece ter posto de lado todas as esperanças para uma cimeira entre os presidentes Omar al- Bashir e Salva Kiir. O governo de Cartum disse que ia abandonar as conversações mediadas pela União Africana. E a esperança de um encontro entre os dois presidentes a margem de uma cimeira sobre segurança no sábado e domingo em Adis Abeba evaporou-se quando foi anunciado que o presidente Bashir não ia estar presente.
Diplomatas da União Africana disseram que a movimentação do Sudão do Sul para capturar e encerrar o campo petrolífero de Heglig cortou a produção de petróleo do Sudão em metade.
Enquanto escalavam os confrontos fronteiriços na quinta-feira, o presidente sul-sudanês Salva Kiir disse ao parlamento que não ia ordenar a retirada de Heglig, afirmando que o sul tem o direito de reivindicar a área. O Conselho para a Paz e Segurança da União Africana rejeitou essa reivindicação.