Camponeses de Malanje melhoram condições de vida

Seminário de Avaliação do Centrop, em Malanje

Um milhão e meio de dólares gastos em programa de desenvolvimento

Um milhão e 500 mil dólares norte-americanos foram gastos na implementação do Programa de Desenvolvimento Agrícola e Rural de Angola nos últimos quatro anos nos municípios de Caculama, Cacuso e Calandula em Malanje.

A melhoria das condições de vida de cerca de duas mil famílias camponesas e o combate da fome e pobreza foram as acções monitorizadas e diagnosticadas pelo Centro de Estudos Tropicais de Desenvolvimento do Instituto Superior de Agronomia de Lisboa (CENTROP), em parceria com os técnicos do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA) e com apoio financeiro do Instituto Português para o Apoio ao Desenvolvimento (IPAD).


O Vice-presidente do CENTROP, Rui Jorge, que falava a margem do seminário de encerramento do projecto, que passou para responsabilidade das respectivas comunidades locais, precisou que a entrega de moageiras para transformar a mandioca e fuba de bombo foi o principal ganho ao longo da execução do mesmo.


“Nós assistimos e acompanhamos a evolução tecnológica, a introdução de novas formas de trabalhar, nomeadamente a tracção animal, da tracção mecânica, mas destacamos, de facto, a introdução de nove moageiras nas aldeias que deram um grande sucesso em termos de melhoria das condições de vida dessas populações, particularmente, das mulheres que era uma nossa preocupação,” disse

Rui Jorge referiu “que as moageiras vieram aliviar muito os esforços do trabalho no pilão e tiveram uma grande adesão por parte das populações".

Participaram igualmente no seminário que contou igualmente com especialistas nacionais, portugueses e moçambicanos.

Rui Jorge afirmou que apesar do encerramento do projecto os técnicos do IDA estão treinados para dar o seu seguimento.


O Instituto Português para o Apoio ao Desenvolvimento apoia há várias décadas programas agrícolas e de formação de quadros médios e superiores dos Países de Língua Oficial Portuguesa, o mais recente aconteceu num mestrado em 2004 de trinta licenciados angolanos em agronomia que neste momento estão a doutorar-se na referida instituição em Lisboa.