Notícias afirmam que agentes dos serviços secretos americanos CIA estão a operar dentro da Líbia. Mas ainda permanece por esclarecer o que estão precisamente a fazer e tal como é costume a CIA recusou-se a comentar as notícias.
A administração Obama disse que ainda não decidiu se vai ou não armar os rebeldes líbios. Mas há muitas outras coisas que os agentes da CIA podem estar a fazer sem envolver essa questão.
Reva Bhalla, analista para o Médio oriente da companhia privada de informações Stratfor, disse que obter informações é a função básica da CIA.
“Obviamente quando há uma campanha militar como esta precisa-se de pessoas no terreno para identificar alvos e também para questões não militares como tentar saber o que é a oposição, com quem é que estamos a lidar, quem são os líderes viáveis com o potencial para unirem este país muito dividido,” disse.
De acordo com notícias um número desconhecido de agentes da CIA, juntamente com os seus homólogos britânicos e de forças especiais, está a trabalhar com os rebeldes líbios. A CIA tem a sua própria componente para-militar, conhecida pelo nome de Divisão de Actividades Especiais. Mas o que a CIA poderá estar a fazer na Líbia para além de recolher informações permanece por esclarecer.
Os rebeldes Líbios estão mal armados e treinados. Efectuaram alguns avanços mas foram forçados a retirar pelos contra-ataques do exército líbio. A administração Obama disse que ainda não decidiu armar os rebeldes líbios mas disse claramente que não enviará tropas preferindo apoiar a aplicação de uma zona de exclusão aérea.
O antigo funcionário da CIA Emile Nakleh, falando na sua capacidade privada disse ser provável que a CIA esteja a fornecer alguma ajuda não letal aos rebeldes, especialmente em termos de comunicação e organização.
“Provavelmente estarão a fornecer material de comunicações desde o mais básico a sistemas mais avançados de telefones celulares, disse Nakleh acrescentando que “podem também ajuda-los a treinar a efectuar ataques e como antecipar os ataques de Kaddafi”.
“O facto é que não passam de um grupo cheio de entusiasmo mas sem qualquer ideia de como se organizar,” acrescentou.
Nakleh acredita que não há nada que impeça os agentes da CIA de treinarem os rebeldes com armas capturadas.
“De um modo ou outro temos que os treinar a usarem as armas que já capturaram das forças de Kadaffi,” disse Nakleh fazendo notar que “alguns capturaram rockets e não sabem como utiliza-los”.
“Portanto podemos fazer muitas coisas sem ter que os treinar com armas americanas,” acrescentou
Mas muitos analistas acreditam que para os rebeldes mudarem o curso da guerra a seu favor, vão precisar de armas sofisticadas, tais como aquelas fornecidas pelos Estados Unidos a rebeldes afegãos que combateram a ocupação soviética nos anos de 1980 e treino especializado sobre o seu uso.
De acordo com algumas notícias citando fontes da administração Obama, o presidente assinou uma autorização secreta permitindo o possível treino e armamento dos rebeldes no futuro.
Mas programas desse tipo envolvem grandes riscos. Em 1961 uma força treinada pela CIA levou a cabo uma tentativa fracassada de desembarcar em Cuba para derrubar o regime de Fidel Castro. Foi um revés humilhante para o então novo presidente John Kennedy.
Nos anos de 1980 a CIA, em colaboração com o Paquistão, armou e treinou rebeldes anti-soviéticos no Afeganistão. Os rebeldes forçaram a retirada soviética mas muitos dos seus membros vieram a ser o núcleo dos Taliban e da Al Qaida e muitas das armas que os combatentes receberam, tais como mísseis anti-aéreos, desapareceram no fim da guerra.
Reva Bhalla disse que os governos envolvidos na coligação anti-Kaddafi estão preocupados que se possa dar um cenário semelhante aquilo que aconteceu em Cuba mas desta vez no deserto com uma derrota dos rebeldes e possível infiltração de radicais islamitas.
“Penso que essa é a grande questão levantada por muitos governos porque nada é claro,” disse Bahla para quem “isto não é força de oposição muito sofisticada ou militarmente capaz”.
“Há também a preocupação que alguns militantes islamitas estejam misturados com a oposição e o perigo é que se começarem a armar e a fornecer os rebeldes isso se possa virar contra eles mais tarde,” acrescentou
O que a CIA acabará por fazer na Líbia poderá nunca ser divulgado. Mas como dizem antigos agentes da CIA quanto maior a operação mais difícil é de a manter no segredo.
Notícias afirmam que agentes dos serviços secretos americanos CIA estão a operar dentro da Líbia. Mas ainda permanece por esclarecer o que estão precisamente a fazer e tal como é costume a CIA recusou-se a comentar as notícias.
A administração Obama disse que ainda não decidiu se vai ou não armar os rebeldes líbios. Mas há muitas outras coisas que os agentes da CIA podem estar a fazer sem envolver essa questão.
Reva Bhalla, analista para o Médio oriente da companhia privada de informações Stratfor, disse que obter informações é a função básica da CIA.
“Obviamente quando há uma campanha militar como esta precisa-se de pessoas no terreno para identificar alvos e também para questões não militares como tentar saber o que é a oposição, com quem é que estamos a lidar, quem são os líderes viáveis com o potencial para unirem este país muito dividido,” disse.
De acordo com notícias um número desconhecido de agentes da CIA, juntamente com os seus homólogos britânicos e de forças especiais, está a trabalhar com os rebeldes líbios. A CIA tem a sua própria componente para-militar, conhecida pelo nome de Divisão de Actividades Especiais. Mas o que a CIA poderá estar a fazer na Líbia para além de recolher informações permanece por esclarecer.
Os rebeldes Líbios estão mal armados e treinados. Efectuaram alguns avanços mas foram forçados a retirar pelos contra-ataques do exército líbio. A administração Obama disse que ainda não decidiu armar os rebeldes líbios mas disse claramente que não enviará tropas preferindo apoiar a aplicação de uma zona de exclusão aérea.
O antigo funcionário da CIA Emile Nakleh, falando na sua capacidade privada disse ser provável que a CIA esteja a fornecer alguma ajuda não letal aos rebeldes, especialmente em termos de comunicação e organização.
“Provavelmente estarão a fornecer material de comunicações desde o mais básico a sistemas mais avançados de telefones celulares, disse Nakleh acrescentando que “podem também ajuda-los a treinar a efectuar ataques e como antecipar os ataques de Kaddafi”.
“O facto é que não passam de um grupo cheio de entusiasmo mas sem qualquer ideia de como se organizar,” acrescentou.
Nakleh acredita que não há nada que impeça os agentes da CIA de treinarem os rebeldes com armas capturadas.
“De um modo ou outro temos que os treinar a usarem as armas que já capturaram das forças de Kadaffi,” disse Nakleh fazendo notar que “alguns capturaram rockets e não sabem como utiliza-los”.
“Portanto podemos fazer muitas coisas sem ter que os treinar com armas americanas,” acrescentou
Mas muitos analistas acreditam que para os rebeldes mudarem o curso da guerra a seu favor, vão precisar de armas sofisticadas, tais como aquelas fornecidas pelos Estados Unidos a rebeldes afegãos que combateram a ocupação soviética nos anos de 1980 e treino especializado sobre o seu uso.
De acordo com algumas notícias citando fontes da administração Obama, o presidente assinou uma autorização secreta permitindo o possível treino e armamento dos rebeldes no futuro.
Mas programas desse tipo envolvem grandes riscos. Em 1961 uma força treinada pela CIA levou a cabo uma tentativa fracassada de desembarcar em Cuba para derrubar o regime de Fidel Castro. Foi um revés humilhante para o então novo presidente John Kennedy.
Nos anos de 1980 a CIA, em colaboração com o Paquistão, armou e treinou rebeldes anti-soviéticos no Afeganistão. Os rebeldes forçaram a retirada soviética mas muitos dos seus membros vieram a ser o núcleo dos Taliban e da Al Qaida e muitas das armas que os combatentes receberam, tais como mísseis anti-aéreos, desapareceram no fim da guerra.
Reva Bhalla disse que os governos envolvidos na coligação anti-Kaddafi estão preocupados que se possa dar um cenário semelhante aquilo que aconteceu em Cuba mas desta vez no deserto com uma derrota dos rebeldes e possível infiltração de radicais islamitas.
“Penso que essa é a grande questão levantada por muitos governos porque nada é claro,” disse Bahla para quem “isto não é força de oposição muito sofisticada ou militarmente capaz”.
“Há também a preocupação que alguns militantes islamitas estejam misturados com a oposição e o perigo é que se começarem a armar e a fornecer os rebeldes isso se possa virar contra eles mais tarde,” acrescentou
O que a CIA acabará por fazer na Líbia poderá nunca ser divulgado. Mas como dizem antigos agentes da CIA quanto maior a operação mais difícil é de a manter no segredo.