A Serra da Leba voltou a registar desabamento e deslizamento de rochas na madrugada da última segunda-feira. Por esta razão a circulação entre Lubango e Namibe ou vice-versa voltou a estar tremida.
Foi o segundo caso em menos de um mês. No princípio de Março um deslizamento de blocos graníticos deixou por largos dias cortada a circulação entre as duas cidades.
Os utentes da via estão preocupados com a sucessão do fenómeno. É o caso de Correia Miguel que pede intervenção urgente do governo;
“Principalmente a Leba está mal é a questão do governo dar atenção…existem rochas que estão na estrada que é preciso máquinas… as árvores também é tudo por igual, terras também sim.”
O Instituto de Estradas de Angola, INEA, na Huíla está sem meios para remoção das pedras no troço. A solução passa pelo recurso as empresas privadas de construção civil:
Florêncio Teófilo é o director do INEA na Huíla:
“Vamos contactar agora as empresas locais para mandarem lá uma viatura, as mesmas empresas que já trabalharam connosco na altura da crise (…) neste caso foi a Omatapalo e a Procava, vamos ver qual delas talvez a Procava está mais próxima.”
E o especialista em ambiente e ordenamento do território, Silvano Levy, atribui o fenómeno as chuvas e o envelhecimento da Serra da Leba;
“A massa pluviométrica que bateu sobre a Serra da Leba está ligada exactamente com o desabamento e deslizamento mas afinal de conta tem que se ver os processos que intervêm nisso podemos dizer que a água foi um agente catalisador porque a Serra encontra-se também em desgaste esse desgaste está relacionado com o próprio envelhecimento da rocha… tudo está ligado com o processo da meteorizaçao e esta meteorizaçao faz com que haja desgaste.”
Silvano Levy aponta a introdução de obras de engenharia para travar o fenómeno por meio de investimentos avultados se quiser disse preservar a Serra da Leba tida também como um património turístico da região sul do país.