Angola: Dos Santos fala de desestabilização nas Lundas

  • Almeida Sonhi

Não chega para pagar estradas., diz Eduardo dos Santos. Mina de diamantes de Catoca

Receitas das riquezas são "repartidas pelo país inteiro".

O presidente de Angola José Eduardo dos Santos disse haver tentativas de "desestabilização" nas Lundas e negou que as riquezas diamantíferas do território estejam a ser usadas apenas para benefício de outras regiões de Angola.

Dos Santos acusou hoje angolanos que viveram muito tempo no estrangeiro de não conhecerem a história de Angola e quererem desestabilizar o País.

"Não devemos esquecer a situação de onde viemos. Viemos de uma situação de extremas dificuldades," disse.

"Estavamos quase no fim do poço e estamos agora a re-erguermo-nos," acrescentou referindo-se á situação de Angola no fim da guerra civil.

No que é visto como uma alusão indirecta a reivindicações para a autonomia da região, Eduardo dos Santos disse que "não é justo" pensar-se em "novas desestablizações",

O presidente angolano fez referência às acusações que a riqueza diamantífera das Lundas está a ser expropriada sem benefícios para essas províncias

"O dinheiro que o governo arrecada de Catoca por ano não chega sequer para pagar as estradas que estamos a fazer agora," disse o presidente angolano, dando como exemplo diversas estradas na Lunda Norte

"Todo o dinheiro que conseguimos do petróleo, dos diamantes, do café, juntamos no orçamento geral do estado e repartimos pelo país inteiro para resolver os problemas nacionais," disse o chefe de estado angolano.


José Eduardo dos Santos lançou um apelo ao sector empresarial afirmando que "é importante que o estado seja apoiado pelo sector privado".

O presidente disse que vai em breve ser anunciado "um programa de apoio ao pequeno negócio" pelo qual será emprestado dinheiro "a todos aqueles que queiram criar uma pequena actividade económica"


Antes de chegar á Lunda Norte,dos Santos escalou a capital da Lunda Sul onde se avistou com a Governadora da Lunda Sul,Candida Narciso


José Eduardos Santo ainda passa por Saurimo de regresso a capital do País.