Polícia da Huíla com dificuldade em controlar roubo de gado

  • Teodoro Albano

Polícia da Huíla com dificuldade em controlar roubo de gado

A estratégia de combate ao furto e roubo de gado não deve depender apenas da polícia

A polícia da província angolana da Huíla tem dificuldades crescentes em combater o furto de gado.

O fenómeno vai progredindo, de ano para ano, sem aparentemente estar à vista uma solução que dê garantias, se não do seu fim, pelo menos da sua diminuição. Os relatos provenientes das aldeias e povoações sobre a acção dos salteadores são quase diários.

Só na última semana mais de meia centena de cabeças de gado acabaram nas mãos dos salteadores. Fruto da acção policial foram recuperadas quarenta cabeças.

A polícia na Huíla veio reafirmar que a estratégia de combate ao furto e roubo de gado não deve depender apenas do policiamento tradicional, mas também do trabalho de antecipação.

Segundo o porta-voz da polícia, superintendente Paiva To, as autoridades conhecem “a complexidade das localidades onde se cria o gado bovino; o gado bovino não aparece nos centros urbanos mas sim no meio rural e o método de convivência no meio rural é solto; um cidadão fica a quinhentos metros do outro; põe a casa a mais de um quilómetro, e todos são criadores de gado e deixam espaços para a pastorícia…uma das estratégias principais é a identificação dos moldes em que operam os ladrões de gado.”

Os relatos de furto e roubo de gado acontecem dias depois de a província de Benguela ter recebido o primeiro encontro regional para adequação de estratégias comuns de combate ao crime organizado nas províncias do centro e sul de Angola nomeadamente Benguela, Huíla, Cunene e Namibe.

O encontro que analisou o fenómeno em questão juntou os respectivos governadores e os comandantes provinciais da polícia angolana. De fora ficaram os sobas grandes que se mostram descontentes pelo facto de não terem sido convidados ao encontro onde teriam contribuído com ideias concretas a volta do fenómeno.