Educação alcança avanços no Namibe

Director de Educação do Namibe, Pacheco Francisco

O número de estudantes elevou-se para 126.000, mas não há crianças fora do sistema de ensino na província.

Ao contrário do que acontece noutras províncias angolanas, as autoridades na província do Namibe conseguiram acabar com salas de aula ao relento à sombra das árvores, disse o director de educação provincial Pacheco Francisco.

Isto apesar de um aumento constante do número de alunos a serem matriculados anualmente e também da falta de um recenseamento populacional que ajude as autoridades a fazerem previsões das necessidades em infraestruturas.

No ano lectivo transacto, a província registou o número de 1119.000 alunos matriculados e para o presente ano lectivo 2012, o número de estudantes elevou-se para 126.000, mas não há crianças fora do sistema de ensino na província.

Pacheco Francisco, garante por outro lado a manutenção do ensino médio em todos os Municípios da província e também em algumas comunas, segundo aquele responsável, para assegurar o desenvolvimento destas localidades. A falta de técnicos superiores para leccionar o ensino médio em função da extensão do ensino médio na província, também foi superada com a criação de bolsas internas locais.

A falta de infraestruturas não é portanto vista como um entrave.

"A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são saborosos," afirmou Pacheco Francisco que disse à Voz da América que embora em certas zonas rurais já não haja alunos a serem ensinaods á sombra das árvores, muitos estudam em "instalações precárias".

A província do Namibe já saboreia frutos da reforma educativa, existindo muitas crianças que entraram para o II ciclo com 15 anos de idade, o que permitira nos próximos anos ter quadros licenciados com 23 anos de idade, um dos factos invulgares em Angola, segundo quadros da educação no Namibe.