20 Jan 2011 - O maior problema até agora tem sido com as máquinas da Captura Directa de Dados da comissão eleitoral que significam computadores portáteis, cameras, leitores de impressões digitais e impressoras para produzir cartões de eleitor no local.
Alguns funcionários eleitorais dizem que as máquinas onde foram treinados não são as máquinas que estão a utilizar agora. A comissão eleitoral disse que alguns computadores portáteis não têm “software” suficientemente melhorado e técnicos estão agora a fazer essas correcções no terreno.
O presidente da comissão eleitoral, Attahiru Jega, afirmou que a escala e a complexidade de registar mais de 70 milhões de eleitores elegíveis é coisa nunca vista antes na Nigéria. Mas está confiante de que o processo vá melhorar:
“Estamos a trabalhar em 120 mil assembleias de voto em todo o país. Temos de enviar homens e materiais para esses locais e temos de garantir que o processo comece a tempo. Naturalmente haverá desafios tremendos em muitos locais já que muitos de vocês estão cientes de que homens e materiais não chegarão a tempo.”
O governador do Estado de Rivers, Chibuike Amaechi, concorda que a Comissão Nacional Eleitoral Independente (INEC) deve aceitar prolongar o prazo limite para o registo:
“Devemos ter um prolongamento de tempo porque o processo é rigoroso e é tempo consumido. E a paciência é chave: paciência do lado da INEC e paciência do lado dos votantes.”
Mas o presidente da comissão eleitoral afirma ser prematuro discutir a extensão do prazo para o registo.
Não são apenas problemas técnicos que estão a confrontar o registo de eleitores na Nigéria. Alguns líderes muçulmanos estão a ameaçar levar a comissão eleitoral a tribunal porque as mulheres estão a ser forçadas a descobrir a face para as fotografias do cartão de eleitor.
A organização Preocupação com os Direitos dos Muçulmanos afirma que isso viola a liberdade de religião das mulheres, uma vez que as mulheres que aceitam descobrir a face são registadas, mas aquelas que recusam remover o véu são mandadas embora sem lhes ser feito o registo.