Visita de Hu Jintao: Pequim prefere cooperação à confrontação com os EUA

  • Paulo Oliveira

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Presidente chinês iniciou terça-feira, visita aos Estados Unidos

18 Jan 2001 - O presidente chinês Hu Jintao visita os Estados Unidos com uma mensagem de cooperação sino-americana, e não de confrontação.

O porta-voz do ministério dos estrangeiros chinês Hong Lei afirmou que a visita do presidente Hu irá reforçar "a confiança estratégica mútua" entre Pequim e Washington.

Hong sublinhou que a China espera que a visita irá ajudar as duas partes a encararem-se com objectividade e respeito mútuos.

Apelou igualmente para que os dois países alarguem as áreas onde tem interesses partilhados, para que se possam tornar parceiros num amplo campo de actividades.

As trocas comerciais são um ponto de contenção, registando-se um enorme desequilíbrio comercial em favor da China. Um grupo de Senadores norte americanos indicou a disposição de enviar uma mensagem ao presidente Hu através da apresentação de legislação punindo a China com mais impostos sobre as exportações.

Acusam a China de manter uma vantagem desigual no domínio comercial ao manter intencionalmente a sua divisa sobe avaliada.

O porta-voz chinês sustentou pensar que a taxa de câmbio da divisa chinesa não é a principal causa para o défice comercial dos Estados Unidos.

Esta será a primeira visita de estado de um dirigente chinês aos Estados Unidos desde 1997.

Stapleton Roy, um antigo embaixador americano na China considera que embora o presidente Hu não tenha o carisma pessoal dos seus antecessores, é o dirigente mais influente na China e os responsáveis americanos necessitam de construir um relacionamento com ele.

“No caso da China, estamos na transição de um período em que os principais dirigentes não têm credenciais revolucionárias. Não são Mao, Zhou Enlai, do grupo de Deng Xiaoping, mas continuam a ser o principal dirigente da China”.

O presidente Hu vai ter, ainda esta terça feira, um jantar privado na Casa Branca, antes de manter conversações amanhã.

Hu vai encontrar-se com parlamentares norte americanos e participa num jantar de Estado em Washington, antes de seguir para Chicago para avistar-se com empresários.