14 Jan 2011 - A China realçou a diplomatas estrangeiros que levará a sério o relacionamento com os Estados Unidos e que os dois países vão trabalhar juntos. Alguns analistas políticos descrevem o relacionamento como bom, mas não totalmente amistoso.
O vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Cui Tiankai, disse a mais de 100 diplomatas estrangeiros em Pequim que uma cooperação estreita entre a China e os Estados Unidos é boa para os dois países é boa para o resto do mundo.
O ministro afirmou que no ano passado, o mundo prestou muita atenção “as más notícias no relacionamento bilateral”. Acrescentou que isso, por sua vez, levou a questões sobre se a China e os Estados Unidos podem ficar no que descreveu como “o curso da cooperação”:
Cui disse que a resposta a essa questão deve ser um inequívoco e enfático “sim” – que a China e os Estados Unidos não têem outra escolha senão cooperar.
A margem do mesmo encontro, Wang Jisi, director da Escola de Estudos Internacionais da Universidade de Pequim, descreveu este pragmático trabalho de relacionamento:
Wang disse que o relacionamento China-Estados Unidos não pode ser visto em termos de amizade ou hostilidade, mas que é uma matéria de interesses comuns. Afirmou que os dois países partilham interesses no comércio e no mundo, por isso não podem deixar que disputas obscureçam a cooperação.
O presidente chinês Hu Jintao partiu hoje de Pequim para uma visita de estado a Washington, onde se aguarda que discuta a maioria das grandes irritações no relacionamento da China com os Estados Unidos.
Um outro académico, Tao Wenzhao, da Academia Chinesa de Ciências Sociais, afirmou que um dos mais importantes assuntos no relacionamento sino-americano é Taiwan, uma ilha governada separadamente que a China considera parte do seu território:
Tao disse que Taiwan é ainda, nas suas palavras, “um grande” assunto. Disse que no passado, a China considerava Taiwan o mais sensível assunto nas relações China-Estados Unidos.
A China não renunciou ao uso da força para reunificar Taiwan se declarar a independência e tem centenas de mísseis apontados para a ilha, também conhecida por Formosa. Washington prometeu ajudar Taiwan a defender-se e repetidamente tem irritado Pequim por vender armas a ilha.
Outros assuntos contenciosos incluem os direitos humanos e muitos críticos são de opinião de que a China abusa desses direitos ao reprimir dissidentes e limitar a liberdade de expressão.
Uma maior cooperação sino-americana sobre assuntos de segurança e proliferação de armas deverá também constar na agenda. A Coreia do Norte e o Irão são suspeitos de tentarem construir armas nucleares. Embora Pequim diga que não quer ver armas nucleares espalhadas, tem resistido aos esforços dos Estados Unidos para impor sanções mais duras a Pyongyang e Teerão.