Angola fomenta integração social do grupo San

  • Teodoro Albano

Angola fomenta integração social do grupo San

A integração social e gradual do grupo minoritário San na região sul de Angola ganha cada vez mais corpo com a implementação de projectos voltados para aquela comunidade que parece ter escapado da extinção.

A integração social e gradual do grupo minoritário San na região sul de Angola ganha cada vez mais corpo com a implementação de projectos voltados para aquela comunidade que parece ter escapado da extinção.

Na província do Cunene 102 famílias entre 64 Sans e 40 Bantus na localidade de Oshimuholo-Cafima, estão a beneficiar de um projecto de segurança alimentar, financiado pela petrolífera BP e associados do Bloco 18 avaliado em cerca de 100 mil dólares.

O projecto de quatro anos consiste na distribuição de gado e animais para tracção, sementes para agricultura, para além da capacitação de líderes comunitários e registo civil.

Os beneficiários do projecto revelam-se satisfeitos pela iniciativa que está a trazer mudanças nas suas vidas, disse uma das mais destacadas mulheres da comunidade San, Neucalemo Haupindji.

“Isso vai ajudar e essa actividade é contínua, não vamos parar mais, por isso pedimos estes meios para levar avante as actividades, por isso pedimos estes meios que vão melhor a nossa vida”.

A implementação do projecto naquela comuna do Município de Cuanhama cabe a organização Cristã de Apoio ao Desenvolvimento Comunitário (OCADEC).

Numa altura em que escasseiam os doadores, o coordenador executivo daquela organização regional, Benedito Quessongo, destaca a sensibilidade da BP e associados do Bloco 18 que não hesitaram em abraçar o projecto.

“Sabe que um projecto deste nível em trabalhar com as comunidades San que estão em zonas de difícil acesso, enfim, sao comunidades bastante carentes e têm muitas dificuldades, as vezes os doadores receiam em financiar o projecto, mas a BP não olhou atrás financiou o projecto, queremos agradecer muito sinceramente”.

O administrador-adjunto de Oshimuholo-Cafima, Daniel Hisitongo, disse que o projecto com grande impacto social está a atrair comunidades vizinhas, por isso defende que o mesmo se estenda para mais áreas.

“Porque surge na Cafima a título de experiência e o que nós estamos a ver em relação as melhorias e eles próprios também a ver muitas as vezes chegam ao ponto de reclamar porque é que beneficiam só lá na Cafima e nós aqui ainda não? Isso tem outros constrangimentos com relação aos doadores”.

Membros da comunidade San e Bantu na comuna de Oshimuholo-Cafima, no município de Kwanhama na província do Cunene, beneficiam de projecto de segurança alimentar.