Na capital moçambicana, os transportes semicolectivos de passageiros, conhecidos por “chapas” (como os "candongueiros" em Angola), paralisaram hoje as suas actividades.
Os operadores queixam-se das constantes cobranças ilícitas de que afirmam ser alvo por parte da polícia municipal de Maputo.
Os chapas, são as viaturas "mini-buses" de proprietários privados, que asseguram cerca de 70 por cento do transporte de passageiros nas cidades de Maputo e Matola. Decidiram desde as primeiras horas da manhã, paralisar as suas actividades, reivindicando as constantes cobranças, consideradas ilícitas, que afirmam ser alvos por parte da polícia municipal.
Devido à paralisação dos chapas, alguns contingentes da polícia foram mobilizados para os principais pontos onde os transportadores se concentravam, para controlar os ânimos.
A polícia camarária nega as acusações de cobranças ilícitas e justifica que estas são feitas como penalização para o encurtamento de rotas e outras infracções cometidas pelos transportadores.
Os transportadores retomaram as actividades a meio desta tarde mas prometem novas formas de luta em ocasiões futuras contra as chamadas portagens móveis da polícia camarária e de trânsito.