Escassez de energia foi problema para o Governo de Benguela

  • António Capalandanda

Escassez de energia foi problema para o Governo de Benguela

As necessidades do consumo energético rondam aos 300 megawatts contra os cerca de 60 que a província produz

O governador de Benguela, Armando da Cruz Neto, disse que a falta de energia eléctrica na província foi a principal fragilidade do seu governo.

Armando da Cruz Neto que fazia o balanço de 2011 e perspectivava o presente ano, referiu que actualmente as necessidades do consumo energético rondam aos 300 megawatts contra os cerca de 60 que a província produz.

“ Reconhecemos e partilhamos com o cidadão o desconforto que essa realidade provoca,” disse aquele governante afirmando que “ cabe-nos assegurar aqui a continuidade dos nossos esforços para em cooperação com órgãos centrais implantarmos um conjunto de soluções já identificadas para a reversão do actual quadro.”

No domínio da saúde informou que ao longo ano transacto, a acção do seu governo privilegiou a extensão e o reforço da rede sanitária em todas as comunas, estando previsto para 2012, o alargamento desse serviço a vilas, povoações e aldeias.

Reconheceu ainda que a má qualidade dos serviços prestados pelas unidades hospitalares contribuiu para a perda de confiança dos cidadãos na rede sanitária local.

“ Um trabalho sério e profundo deverá ser levado a cabo pelo sector com o apoio directo do governo da província visando melhorar os níveis de atendimento nos hospitais, nos centros e postos de saúde para reconquistarmos a confiança do cidadãos e progredirmos significativamente na qualidade de prestação desse serviço indispensável a sociedade.”

Em relação ao sector da educação, o governador de Benguela disse ter registado melhorias em termos oferta, alegando que em 2008 o número de alunos inseridos no ensino não universitário era de 376 mil contra os 598 mil 274 alunos inscritos em 2011.

O governador também falou a cerca do programa de extensão de desenvolvimento que segundo ele, visa atender as necessidades produtivas das famílias no meio rural, tendo em 2011 beneficiado noventa e uma mil 600 núcleos familiares.

“ Paralelamente está em curso o crédito agrícola de campanha que ate Setembro de 2011 financiou 60 cooperativas, 73 associações e 175 agricultores individuais com valor avaliado em cerca de 300 milhões de kwanzas.”

“ Associa-se a estas acções do governo no meio rural, o Programa de Promoção do Comércio Rural, cuja estrutura reserva ganhos e vantagens para o comerciante que beneficia de financiamento com juros bonificados e para as famílias residentes nestas áreas que passam adquirir produtos de consumo de primeira necessidade, sem que para tal seja necessário percorrer grandes distâncias” disse Armando do Cruz Neto.