Revisitamos este nome da música crioula e ouvimos Titina a cantar B.Leza, ela que cresceu em casa do trovador e que agora reedita o cd lançado há 25 anos apenas com temas do compositor.
Francisco Xavier da Cruz, mais conhecido por B.Léza, nasceu a 3 de Dezembro de 1905 na Ilha de São Vicente, Cabo Verde. Funcionário público na Câmara Municipal de São Vicente e chefe dos Correios na Ilha do Fogo, viveu também por mais de um ano em Lisboa. Faleceu a 14 de Junho de 1958, na sua terra natal, durante uma intervenção cirúrgica à coluna vertebral.
Se é com Eugénio Tavares, o grande poeta da Ilha Brava, e Luís Rendall, o violinista compositor de São Vicente, que a morna toma forma e conhece a notoriedade, é com B.Léza que a morna ganha o estilo cadenciado que conhecemos actualmente, dando origem ao que se conhece como morna vicentina. Foi músico, compositor, intérprete, escritor, investigador, pedagogo e poeta.
Carlos Gonçalves, jornalista, escritor, músico e crítico musical, classifica B.Léza o segundo marco da música cabo-verdiana.
B.Leza compôs dezenas de mornas, entre as quais se destacam Eclipse, a pedido do escritor Baltazar Lopes da Silva que citara uma morna ainda inexistente no seu livro Chiquino, Miss Perfumado, Resposta de segred cu mar, Terra Longe, Mar azul e Lua Nha Testemunha, que, dizem alguns, terá sido composta no leito do hospital, dias antes da sua morte.
B.Léza deixou também uma pequena bibliografia dispersa que inclui trabalhos em vários estilos literários, do conto à novela, passando pela poesia em crioulo e em português, e sem esquecer o diário de viagem, resultado da sua visita a Lisboa na década de 1040, proibido pela censura fascista do regime de Salazar por o livro fazer uma acérrima crítica às condições de vida da população portuguesa da época.
Este compositor cabo-verdiano foi cantado por nomes sonantes da música das ilhas, como Cesária Évora e Bana, que conviveram com ele, e interpretado por instrumentistas solistas como Luís Morais, Humbertona, Bau, Chico Serra, entre outros.
Titina, de nome próprio Albertina Rodrigues, foi levada pelo pai para a casa de B.Leza ainda criança para aprender a ler e a escrever, mas também porque tinha música no sangue. Há 25 anos, Titina gravou o disco Titina Canta B.Léza, que agora reedita com o selo britânico Astral Music. Antes também interpretara músicas do compositor que conheceu desde criança.
Falamos com Titina a quem perguntamos como é cantar B.Leza, porque mantém o mesmo estilo de interpretar e as suas músicas preferidas.
Para Carlos Gonçalves, Titina é uma diva da música cabo-verdiana apesar de não ter tido uma carreira tão produtiva a nível de álbuns, embora tenha feito muitos concertos.
A reedição de Titina Canta B.Leza, por ocasião do 108o. aniversário do compositor, totalmente remasterizada, tem as ilustrações originais do pintor cabo-verdiano António Firmino e um texto inédito de Nuno Miranda, escritor das ilhas ligado ao histórico movimento literário e cultural Claridade.
Vasco Martins, compositor e músico cabo-verdiano, propôs que o dia do nascimento de B.Leza - 3 de Dezembro - seja considerado o Dia Nacional da Morna, género musical que concorre à categoria de Património Imaterial da Humanidade da UNESCO.
Na conversa mantida com a Voz da América, Titina revelou que prepara agora para cantar Jotamont, um dos "monstros sagrados" da música cabo-verdiana, de seu nome próprio Jorge Monteiro.
Se é com Eugénio Tavares, o grande poeta da Ilha Brava, e Luís Rendall, o violinista compositor de São Vicente, que a morna toma forma e conhece a notoriedade, é com B.Léza que a morna ganha o estilo cadenciado que conhecemos actualmente, dando origem ao que se conhece como morna vicentina. Foi músico, compositor, intérprete, escritor, investigador, pedagogo e poeta.
Carlos Gonçalves, jornalista, escritor, músico e crítico musical, classifica B.Léza o segundo marco da música cabo-verdiana.
B.Leza compôs dezenas de mornas, entre as quais se destacam Eclipse, a pedido do escritor Baltazar Lopes da Silva que citara uma morna ainda inexistente no seu livro Chiquino, Miss Perfumado, Resposta de segred cu mar, Terra Longe, Mar azul e Lua Nha Testemunha, que, dizem alguns, terá sido composta no leito do hospital, dias antes da sua morte.
B.Léza deixou também uma pequena bibliografia dispersa que inclui trabalhos em vários estilos literários, do conto à novela, passando pela poesia em crioulo e em português, e sem esquecer o diário de viagem, resultado da sua visita a Lisboa na década de 1040, proibido pela censura fascista do regime de Salazar por o livro fazer uma acérrima crítica às condições de vida da população portuguesa da época.
Este compositor cabo-verdiano foi cantado por nomes sonantes da música das ilhas, como Cesária Évora e Bana, que conviveram com ele, e interpretado por instrumentistas solistas como Luís Morais, Humbertona, Bau, Chico Serra, entre outros.
Titina, de nome próprio Albertina Rodrigues, foi levada pelo pai para a casa de B.Leza ainda criança para aprender a ler e a escrever, mas também porque tinha música no sangue. Há 25 anos, Titina gravou o disco Titina Canta B.Léza, que agora reedita com o selo britânico Astral Music. Antes também interpretara músicas do compositor que conheceu desde criança.
Falamos com Titina a quem perguntamos como é cantar B.Leza, porque mantém o mesmo estilo de interpretar e as suas músicas preferidas.
Para Carlos Gonçalves, Titina é uma diva da música cabo-verdiana apesar de não ter tido uma carreira tão produtiva a nível de álbuns, embora tenha feito muitos concertos.
A reedição de Titina Canta B.Leza, por ocasião do 108o. aniversário do compositor, totalmente remasterizada, tem as ilustrações originais do pintor cabo-verdiano António Firmino e um texto inédito de Nuno Miranda, escritor das ilhas ligado ao histórico movimento literário e cultural Claridade.
Vasco Martins, compositor e músico cabo-verdiano, propôs que o dia do nascimento de B.Leza - 3 de Dezembro - seja considerado o Dia Nacional da Morna, género musical que concorre à categoria de Património Imaterial da Humanidade da UNESCO.
Na conversa mantida com a Voz da América, Titina revelou que prepara agora para cantar Jotamont, um dos "monstros sagrados" da música cabo-verdiana, de seu nome próprio Jorge Monteiro.
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