Em São Tomé e Príncipe, arranca no primeiro minuto deste sábado, 10, a campanha eleitoral para as eleições legislativas, autárquicas e regional de 25 de Setembro.
Onze formações políticas estão na corrida.
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A maioria da população considera que em 32 anos de multipartidarismo, os sucessivos governos não corresponderam às expectativas no que toca ao desenvolvimento sócio-económico do arquipélago com pouco mais de 200 mil habitantes.
Dos cerca de 123 mil eleitores inscritos para participar no acto eleitoral, a maioria considera que as eleições não têm contribuído para o progresso económico e social país.
“Os políticos só pensam neles. Quando chegam ao poder, em quatro anos adquirem casa, carro, enquanto os jovens estão sem emprego, sem bolsas para continuar os estudos, e privados de uma vida condigna”, disse um jovem estudante nas ruas da capital do país.
“Eu já não confio em nenhum desses partidos políticos. São todos iguais, quando chegam ao poder só resolverem os seus problemas pessoais”, afirmou outro cidadão comerciante ambulante.
Pela primeira vez os são-tomenses que vivem no estrangeiro vão votar nas eleições legislativas e terão dois representantes, sendo um do círculo eleitoral de África e outro da Europa.
“Essas eleições vão ser tensas devido às ambições de determinados políticos que estão dispostos a apostar tudo”, considera um funcionário da função pública que pediu o anonimato.
Onze formações políticas concorrem para a eleição de 55 deputados do Parlamento, das quais meia dezena apresenta-se ao eleitorado já com a figura de primeiro ministro, em caso de vitória.
O analista político Celso Junqueira adivinha uma concentração de votos nas três maiores forças políticas.
“Os pequenos partidos só vão amealhar votos. Esta eleição será disputada ente o bloco dos partidos da actual coligação governamental e o maior partido da oposição”, aponta Junqueira.
Mais de meia centena de observadores da União Europeia, CPLP, CEAC, e União Africana vão fiscalizar o acto eleitoral.