Em Cabo Verde, os armadores de pesca pedem maior investimento em termos de equipamentos modernos para que a Guarda Costeira possa reforçar a vigilância da zona económica exclusiva, bem como querem apoio do Governo no sentido da aquisição de um navio atuneiro, visando a melhoria da capacidade de captura sobretudo do atum.
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Os armadores queixam-se de labutar em desigualdade de meios em relação aos armadores estrangeiros.
O ministro do Mar garante que há toda abertura do Executivo na procura de meios que possam ajudar o sector privado a melhorar as condições de trabalho e de negócios.
A solicitação dos armadores é feita numa altura em que decorre na cidade do Mindelo a primeira ronda -balanço do actual acordo de pesca entre Cabo Verde e União Europeia que vigora até finais do próximo ano.
Para o presidente da Associação dos Armadores de Pesca, João Lima, as autoridades têm o dever de fiscalizar e controlar a zona económica exclusiva, daí o apelo para o reforço de capacidade da Guarda Costeira Nacional.
"Desde 2015 que pedimos ao Governo para dotar a GC de um drone com autonomia de voo de pelo menos dez horas para patrulhar principalmente os bancos de pesca, uma vez que os armadores estrangeiros que possuem tecnologias avançadas e conseguem perseguir os cardumes que podiam entrar em zonas ribeirinhas para a pesca artesanal e semi industrial", disse Lima, que lamenta a diluição da captura nacional do atum e gaiado há mais de dois anos.
Noutra linha , o empresário da fábrica de conserva SUCLA sediada no Tarrafal de São Nicolau, Francisco Spencer considera que no momento em que decorre o encontro da comissão sobre o acordo de pesca com a UE, seria ideal fosse tratado a proposta para que uma parte do pescado capturado pelos navios estrangeiros, fossem disponibilizados às conserveiras nacionais para transformação e exportação.
"Estes navios podiam pescar mais dez ou vinte por cento que seria unicamente para colocar no nosso mercado e satisfazer a procura que a indústria tem aqui em Cabo Verde", afirmou.
O ministro do Mar, Abrão Vicente, disse à VOA que o Governo está em sintonia com o empresariado nacional. Garante que está-se a trabalhar para que haja mais financiamento - crédito bancário ao sector da pesca.
"Os nossos precisamos aqui é aprofundar a credibilidade do sector e dos armadores junto aos bancos para o acesso a mais crédito... por exemplo a Associação dos armadores têm em carteira um projecto para comprar um atuneiro de dimensão industrial que custa quase 5 milhões de euros... o Executivo está disponível a dar uma carta conforto", adiantou o governante.
No que toca à Guarda Costeira, Vicente reconhece que são precisos mais e melhores meios, realçando que o Governo através do ministério da Defesa nacional está a trabalhar para a aquisição de um avião patrulha, cujo processo encontra-se em andamento.