Persiste a incerteza sobre o pagamento da dívida de Moçambique aos credores, concretamente o eurobond soberano de 900 milhões de dólares emitido em 2019.
A revista Africa Intelligence informou que o ministro das Finanças, Adriano Maleiane; e o governador do banco central, Rogério Zandamela, decidiram suspender os pagamentos do eurobond soberano, enquanto a ZITAMAR dá conta que uma fonte do Ministério da Economia e Finanças assegura que Moçambique vai respeitar os seus compromissos internacionais nesta matéria.
Veja Também "Pivot" das dívidas ocultas e Armando Guebuza tinham comunicações directasO economista Egas Daniel diz que se se confirmar o não pagamento deste eurobond poderá obrigar a nova reestruturação desta dívida.
“Isso poderá acarretar maiores custos em termos de uma nova reestruturação e implica maiores custos de juros associados, maiores recursos financeiros futuros que serão desviados das prioridades de desenvolvimento para poder face a este pagamento”, diz Daniel.
Por seu turno, o diretor do Centro de Integridade Pública (CIP), Edson Cortês, diz que a incerteza pode agravar a credibilidade do país.
“Nos mercados internacionais, a situação de Moçambique fica mais complicada para conseguir financiamento”, comenta Cortês para depois afirmar que “o governo moçambicano tenta fazer a todo custo que a ENH participe nos projetos de gás e para tal precisa que o país seja credível nos mercados”.
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