Antony Blinken diz não ver "fadiga" no apoio da NATO à Ucrânia

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Antony Blinken, secretário de Estado americano em Bruxelas.

O secretário de Estado americano reiterou nesta quarta-feira, 29, que há um “forte apoio bipartidário” à Ucrânia nos Estados Unidos e não vê “nenhuma sensação de fadiga” entre os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) que continuam a apoiar enquanto o país entra no seu segundo inverno de guerra contra a Rússia.

“Alguns questionam se os Estados Unidos e outros aliados da NATO deveriam continuar a apoiar a Ucrânia à medida que entramos no segundo inverno da brutalidade de Putin. Mas a resposta aqui hoje na NATO é clara e inabalável. Devemos e continuaremos a apoiar a Ucrânia”, disse Antony Blinken em conferência de imprensa em Bruxelas.

O chefe da diplomacia americana acrescentou que desde o início da guerra, os Estados Unidos forneceram cerca de 77 mil milhões de dólares em assistência à Ucrânia, que inclui ajuda humanitária, financeira e militar.

Blinken observou que os aliados europeus de Washington forneceram mais de 110 mil milhões de dólares a Kiev.

O caminho da Ucrânia para a adesão à NATO foi discutido durante a primeira reunião hoje a nível de ministros dos Negócios Estrangeiros do Conselho NATO-Ucrânia.

Antony Blinken também manteve conversações separadas com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba.

O chefe da diplomacia americana afirmou que os membros reafirmaram a sua política de que “a Ucrânia se tornará membro da NATO quando todos os aliados concordarem e quando as condições forem satisfeitas”.

Por seu lado, numa conferência de imprensa em separado, o secretário-geral da organização afirmou que o Estado membro apresentou recomendações para as reformas da Ucrânia.

“A Ucrânia está mais próxima da NATO do que nunca. Continuaremos a apoiá-la no caminho para a adesão e continuaremos a apoiar a luta da Ucrânia pela liberdade”, sublinhou Jens Stoltenberg aos jornalistas

Os Estados Unidos acolhem a próxima cimeira da aliança em Washington, de 9 a 11 de julho de 2024.

Antony Blinken discutiu as prioridades para a reunião com os seus homólogos, que marcará o 75º aniversário 75º da NATO.

Um alto funcionário dos EUA disse aos jornalistas que uma parte significativa das discussões que antecedem a cimeira de Washington terá como objetivo garantir que a Ucrânia está a fazer os progressos necessários rumo à “adesão definitiva” à NATO, “quando as condições forem adequadas”.

Os Estados membros sugeriram à Ucrânia “um conjunto de reformas de governação”, incluindo o fortalecimento de agências e autoridades anticorrupção.