Os trabalhadores da antiga fábrica de tecidos Texmoque, em Nampula, despedidos há 10 anos, continuam a reivindicar o pagamento de parte de salários, bónus, férias e outras dívidas.
Nesta segunda-feira, centenas daqueles trabalhadores concentraram-se no local onde funcionava a fábrica para exigir do Governo uma solução urgente da situação.
Eles bloquearam as principais entradas da antiga fábrica e ameaçam ficar lá até que haja uma solução.
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Depois de um longo processo, o Governo indemnizou muitos dos mais de mil trabalhadores, mas ficaram de fora vários direitos, como bónus, aumentos salariais e férias.
Desse total há um grupo de 130 trabalhadores que não recebeu qualquer indemnização.
Agora, os trabalhadores voltam à carga e acusam o Instituto de Gestao de Empresas Participadas pelo Estado (Igepe) de ignorar as suas preocupações, ao não responder uma carta enviada a 5 de Janeiro.
Por isso, bloquearam as entradas onde funcionaa nova Texmoque, do grupo Metil.
O Igepe, entretanto, diz ter incluído o pagamento das férias na indemnização, mas os trabalhadores têm outra versão
Astam Ossufo, Inspector Provincial do Trabalho em Nampula, diz que o processo está no Igepe e que o Governo local aguarda uma equipa de Maputo para encontrar uma solução.
De recordar que a situação dos antigos trabalhadores da Texmoque já foi analisada pela Assembleia da República, mas os problemas continuam.
A fabrica Texmoque foi vendida ao grupo Metil que opera há três anos no mesmo local no fabrico de cataplanas.