Antigos militares na Huíla continuam a defender mais reconhecimento dos ex-combatentes e veteranos da pátria, a começar pelas pensões.
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Apesar da regularidade do pagamento, as associações dizem que o valor baixo das pensões está longe de corresponder ao custo de vida agravado sobretudo desde o ano passado devido à crise económica e financeira.
A VOA apurou que para este segmento social, a pensão mais alta não passa do equivalente em kwanzas a 150 dólares norte-americanos no câmbio oficial.
Firmino Mahina, da Associação dos Deficientes e ex-Militares na Huíla, entende que as pensões deviam estar ao nível do sacrifício consentido pelos antigos combatentes.
“É nosso desejo que esta pensão suba um pouco mais porque até ao momento não corresponde àquilo que foi realmente o sacrifício empreendido por esses elementos. Nessa altura, a pensão mais baixa é a do antigo combatente, o que é um contraste porque devia realmente dignificar e valorizar por aquilo que ele fez por esta pátria”, defendeu Mahina.
Para a UNITA na Huíla, a situação da ausência de reconhecimento condigno aos antigos militares é um problema estrutural que passa por uma mudança do actual regime.
“O actual Governo não tem soluções, nem para os ex-militares das FALA nem para os ex-militares das FAPLA, nem para os ex-militares do ELNA, nem para a os militares da FLEC, nem para a juventude em geral. Nós estamos a assistir a uma completa falência do regime do Presidente José Eduardo dos Santos, não haja ilusões”, diz o secretário provincial do partido do galo negro, Alcebíades Kopumi,
Na Huíla, entre deficientes ex-militares e antigos combatentes veteranos da pátria estão contabilizados pouco mais de cinco mil pessoas.