O líder do antigo grupo são-tomense que pertenceu ao extinto Batalhão Búfalo da África do Sul, Arlécio Costa, começou a ser ouvido nesta sexta-feira, 18, na Procuradoria Geral da República (PGR) no âmbito do inquérito aberto depois de Peter Lopes, integrante do mesmo batalhão, que acusou o primeiro-ministro Patrice Trovoada de ter financiado o golpe de Estado de 2003 e de ter mandado assassinar três antigos dirigentes do país.
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Antes de ser interrogado na PGR, Arlécio Costa falou à imprensa e desmentiu as declarações do seu antigo colega do extinto Batalhão Búfalo.
O homem que liderou o golpe de Estado de 16 de Julho de 2003 garante que Lopes está a ser instrumentalizado por pessoas que pretendem criar instabilidade no país.
Costa afirma que Lopes não tem legitimidade para falar em nome do grupo e distancia-se das declarações do seu antigo colega.
Vídeo
Num vídeo divulgado recentemente, Peter Lopes acusou Patrice Trovoada de ter sido o financiador do referido golpe e de ter encomendado ao seu grupo, formado por 12 antigos membros do extinto Batalhão Búfalo, o assassinato dos antigos Presidentes da República, Fradique de Menezes, e Manuel Pinto da Costa, bem como do ex-ministro da defesa, Óscar Sousa.
Em resposta às acusações de Peter Lopes, o primeiro-ministro, Patrice Trovoada, disse que se tratam de pura difamação e que já pediu às autoridades judiciais são-tomenses e sul-africanas para esclarecer o caso.